
Como a sala fica próxima do meu quarto, sempre que passo por ela dou uma olhadinha para ver se tem alguma novidade. Dessa vez, tinham contas e contas a pagar, mas tinha uma revista “Nova” jogada ao canto. Como não tinha outra opção peguei a revista para ler.
No começo uma tortura por causa das matérias ridículas sobre beleza, o que fazer para conquistar um homem e por aí vai. Quase desisti de olhar o resto, se não fosse pelas fotografias chamativas que conseguiram prender um pouco a minha atenção. Através do folhear e folhear, encontro um pequeno texto sobre “Vaginas in Law”.
Nunca tinha ouvido falar desse termo antes, por isso prossegui a leitura, o que me deixou cada vez mais surpreendida. Em alguns lugares dos Estados Unidos, onde esse termo é frequentemente usado, significa algo próximo a cunhadas de vagina. Aí você pára e pensa. Como? Uma sociedade de vaginas? Sim, basi
camente isso. As garotas dividem o mesmo parceiro de cama com a mesma naturalidade como que emprestam um brilho labial.
É mais ou menos assim, você fica com um rapaz, e logo adiante sua amiga fica com ele. Isso sempre foi motivo de guerra em alguns lugares, e talvez inimizades eternas. Afinal, estamos acostumados a viver numa cultura basicamente dominada pelo catolicismo que prega a monogamia. Portanto, emprestar um namorado não seria nada “normal” para nós, não acha?
Mas o que está acontecendo na atualidade é a repartição dos parceiros para que depois possa gerar uma conversa crítica sobre como é o comport
amento dele na cama. Se ele é bom ou não é. Algo que já era comum aos rapazes, afinal, antes eles sempre foram livres para ficar com mais de uma garota, e nem por isso eram chamados de “putas”. Então, podiam fazer essas observações críticas sem nenhum preconceito e repressão. Já as garotas, como não poderiam ficar com mais de um parceiro, senão eram malvistas, não tinham esse prazer de comentar sobre suas experiências sexuais.
No entanto, com a liberdade sexual e o crescente ganho do movimento feminista em alguns casos, hoje, ainda vista por alguns negativamente, temos muito mais liberdade de namorar mais rapazes do que antes, como por exemplo, tínhamos que casar virgens, sem ao menos saber quem seria o nosso parceiro para
a vida eterna. Então, se ele fosse ruim de cama, ou péssimo no beijo, como saber?
Claro, que para escolher um namorado não só existem essas únicas
características relevantes, mas influenciam sim, ou então as moças insatisfeitas acabariam procurando algo mais prazeroso em outros lugares que não seriam encontrados na própria casa.
Mas essa sociedade gera problemas quando uma simples ficada vira romance. Então como agir aos comentários da amiga sobre o seu namorado? Não deve ser nada agradável ouvir de outra pessoa como o seu parceiro a tratava, o que ele fazia. Eu particularmente ficaria super sem graça e com aquele sorriso amarelão. E vocês o que acham sobre o “Vaginas in Law”?