Estou fazendo curso de Corel Draw, preciso de algumas informações

para complementar os meus estudos em Jornalismo, e este programa faz parte de umas das matérias que estudei no semestre passado. Aprendi muito, até muito mais do que eu esperava aprender, pois as ferramentas não são práticas e tem muitos efeitos que só estudando muito para por em ação. Por isso decidi há alguns meses atrás iniciar este curso. Já estamos na segunda aula e me sinto um pouco triste com o rumo que estamos tomando.
Como eu estava acostumada com as aulas na Universidade, fiquei um po

uco deslocada com o método de ensino, algo meio “decoreba”. E geralmente, no ensino superior tratamos dos assuntos com mais interpretação e discussão, do que simplesmente uma cuspida desenfreada de informações pelo professor. Não há aquela troca de conhecimentos. E isso realmente está sendo um desastre para mim. Mas sou persistente e vou continuar freqüentando as aulas para ver se aprendo algo. Exagero meu. Já consegui praticar alguns efeitos em formas e me sinto num estágio mais avançados que alguns alunos, que parecem estar boiando no assunto.
Havia um menino ao meu lado, olhando para o teto, para os lados, para qualquer lugar, menos para o computador e o exercício que o professor tinha pedido para nós fazermos

, uma bandeira do Brasil. Parece fácil, ahh...coloca uma retângulo ali, um circulo acolá...e está pronto. Mas é um trabalho cauteloso, cheio de detalhes que se não prestarmos atenção fica um desenho reto e sem graça.
Mas deixando de lado o método de ensino, tenho que comentar a respeito de um outro defeito do professor. O machismo. Nossa, eu já vi muitos machistas em sala de aula, mas igual a esse está para nascer. Em uma das ocasiões ele fez uma pergunta simples sobre a medida do quadrado que ele tinha desenhado. Eu e uma amiga respondemos. Ao invés de um muito bem, ou qualquer coisa parecida ele falou: “Estão vendo? Duas mulheres!”.

Olhei para minha amiga Jacimile, ela olhou para mim. Não acredito que ele falou isso! Pensei. Interpretei a frase como se mulheres não pudessem responder porque são acéfalas e homens eram que tinham que ter respondido, afinal eles pensam e nós não. Um absurdo total. Perguntamos o porquê de ele fazer aquele comentário, mas ele desconversou e mudou de assunto. Tudo bem. Ficamos indignadas, mas a conversa parou naquele momento porque ele se calou. Talvez tenha refletido um pouco sobre o seu comentário ridículo.
No entanto, eu estava errada, não demorou muito a ele pronunciar novamente outro comentário do mesmo tom e gênero. Não lembro o que foi agora. Mas sei que durante

toda às duas horas de aula foi uma guerra entre nós e ele. Lembro de um momento que ele pediu para um garoto ajudá-lo no computador enquanto ele explicava as ferramentas. Só que o garoto errava tudo. Dessa vez foi a nossa vingança: “Só podia ser homem”. Ele ficou atônito, não esperava essa reação da gente, já que a maioria das meninas da sala tinham ficado caladas, como se não fosse um insulto ele nos chamar de burras. A partir de então descontamos toda a raiva em qualquer erro que um homem cometesse para ele perceber a bobagem que ele falou e nunca mais agir dessa forma.
No final el

e falou: “Meninas, eu não sou machista”. E nós respondemos: “Imagine se fosse.”. Ele declarou que os homens precisavam muito das mulheres e tal, fez um discurso nada comovente e um menino, que estaca ouvindo a conversa e deveria ter seus nove anos de idade comentou: “É nós precisamos das mulheres para que elas cozinhem pra gente, lavem nossas roupas”. Imagine um garoto novinho, já com essa mentalidade. Explodi de raiva nesse momento. E falei: “Pois é, os homens são tão burros que não sabem nem cozinhar”, ele não teve resposta e ficou quieto. Eu não costumo a soltar essas piadinhas sexistas, até porque acredito que todos são iguais em direito, liberdade de pensamento, e tal, mas não tinha jeito. Eu já estava muit

o estressada com isso tudo. Não vi alternativa que não fosse essa, depois disso o horário da aula acabou, e nós saímos para tomar um ar lá fora, afinal o dia tinha sido complicado para nós.
E ainda dizem que não há necessidade de ser feminista...