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Thursday, April 16, 2009

Sexo, histórias e questionamentos

Tenho certo costume de baixar todos os dias algo na internet. Pode ser música, filme, livros, o que for, mas tenho que sustentar o meu vicio de alguma forma. Há alguns dias atrás, estava eu num site de filmes alternativos, e um título sugestivo se tornou uma isca para mim. “After Sex” chamava-se o dito cujo.

Não sabia que o filme era um conjunto de histórias sem nenhum tipo de ligação umas com as outras, a não ser o fato de todas se resumirem a conversar após o sexo, como já diz o título.

Não vou aqui fazer um resumão de todas e jogar no blog, mas apenas quero salientar trechos feministas em questão.

É bem curioso uma das cenas em que dois adolescentes estão na cama conversando sobre a primeira vez deles, que tinha ocorrido minutos antes. E como é engraçado quando a garota diz que para ela não foi tão bom como para o garoto, já que a ejaculação foi rápida.

É normal que para a garota não tenha sido perfeito, até porque as dores não soam como prazer. E a preocupação dele em ouvir essa sinceridade dói, pois não é nada agradável ouvir do parceiro que a experiência não foi tão boa como se imaginava. Afinal, os homens tem a sensação de estarem sempre agradando as mulheres, e nem sempre isso acontece.

Geralmente, eles iniciam suas atividades sexuais baseados em filmes pornográficos ou revistas do mesmo gênero que são produzidas para sustentar o prazer no homem, o que raramente acontece com uma mulher quando assiste a esse tipo de filme ou pega uma revista. Daí vocês perguntam, como não sentem? O estimulo sexual para mulheres é diferenciado, não é só pela simples exibição de um corpo que somos excitadas. É preciso um contexto, um cenário, uma preliminar.

Por isso a diretora de cinema Érika Lust é tão querida entre as feministas que costumam a apreciar a pornografia para mulheres. Lust costuma a fazer filmes com todo esse contexto que citei. São filmes difíceis de achar na internet, e não tem legendas, pelo menos não encontrei, mas como sei um pouco de inglês deu para entender.

“The Good Girl” foi uma das histórias que assisti do filme “5 hot stories”. São tão delicadas as cenas, tão mais interessantes do que um simples olhar fatal e o consumo do ato. Existe uma conversa antes do sexo, um acontecimento. Afinal, ninguém sai por aí, olha para alguém e chama para um motel como parece acontecer na maioria dos filmes pornográficos para homens.

Na verdade, o filme começa com uma conversa entre amigas, uma contando sobre um caso seu, e a outra ouvindo literalmente na “seca”. A ultima começa a ter idéias sobre como ter sexo ainda no mesmo dia e começa a pensar sobre entregadores de pizza, mas se desanima ao lembrar que eles não costumam ser interessantes. Mas resumindo, ela consegue ter sua noite de amor, e com o entregador.

Tenho que citar uma cena muita legal, quando ele vai até o apartamento dela fazer a entrega, e ela está de toalha. Ela abre a porta, e ele fica olhando seu corpo, em um determinado momento, ela vai buscar o dinheiro e a carteira cai no chão. Quando ela se abaixa, a toalha cai. É super sexy. São desses tipos de preliminares que falo. São fatos que fazem o sexo acontecer.

Mas eu fugi do tema do meu assunto, e acabei entrando em outro filme sem querer. Acho que ando viciada demais em cinema. Mas vamos lá, voltando a “After Sex”, são histórias simples, casuais, mas que te fazem refletir sobre muitas experiências vividas e talvez não presenciadas por nós. Ele transita entre todas as faixas sobre preconceito principalmente homossexual e contra as mulheres.

Existe uma história em que um homem e uma mulher se conhecem numa festa. Depois eles dormem juntos. Quando acordam começam a conversar sobre suas vidas, o que cada um faz ou deixa de fazer. A mulher conta-lhe que é acompanhante. O rapaz constrangido, não acredita que fez sexo oral numa prostituta. E questiona porque ela não avisou antes, senão não teria feito. Mas veja, ela responde simplesmente que se cuida e que não procura saber dos homens com quantas mulheres saíram para se deitar com eles.

E é a mais pura verdade. Hoje, já não se tem tanta preocupação em saber da vida sexual de sua parceira, mas em alguns lugares, é primordial esse relatório. Se ela for, digamos, “saidinha” demais, não presta para ser esposa. Mas e nós mulheres, perguntamos aos homens a vida sexual deles? Não, se muita coisa sobre os casinhos antigos, mas nada que nos faça ter nojo por ter dormido com outras. Ou julga-los como indignos de uma posição melhor ao nosso lado.

São sobre essas e outras reflexões que admiro em “After Sex”. Acho que esse filme ainda rende outro post. Aguardem.
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