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Monday, August 25, 2008

O colorido do meu sorrir

Acordei às 7 da manhã. Disposição nenhuma para levantar da cama que só tenho o prazer de desfrutar aos finais de semana. Cama esta que me proporciona o prazer do perder o tempo, do esquecer dos problemas diários, do sentir o gozo notável. Nada mais conflitante do ter que deixa-la antes de esgotar todo o meu sono em seu abraço. Mas assim é feita a vida, momento de acaso e de agonia. Então, com passos de princesa, caminhei pela casa, ainda meio atordoada, o desequilíbrio que não me deixava pensar. Um barulho ecoava. Era ele no banho. Queria abraçar-te, jogar-me em teus braços, fazer amor ali mesmo, mas era tarde demais para todos os meus sonhos. Era preciso apreçar-me, pois aquele era o dia do Folclore. A minha missão já estava destinada, tinha eu que estar em casa, no máximo as oito, para acordar o meu irmão mais novo. Onde eu estava? No quarto, ali mesmo coloquei a primeira roupa que encontrei. Penteei o cabelo superficialmente, talvez se alguém tentasse passar a mão carinhosamente pelo conjunto de fios teria a desagradável sensação de estar jogado numa rede para peixes. O embaraçado era completamente visível, mas eu não tinha tempo a perder. Ele se vestiu no banheiro, estava todo de branco como sempre, e aquela visão era a mais bonita que poderia encontrar no começo do meu dia. A visão de quem está completamente apaixonada. E ele só me fazia retardar mais o tempo com seu sorriso constante e seu carinho aconchegante. Desviei-me. Finalizei as minhas tarefas e acho que as deles também. Fomos à direção do carro. E o meu primeiro objetivo era chegar a minha casa.
Cadeados cerrados. Viva a prisão diária! As chaves, onde estavam as chaves? Olhei para minha bolsa e lá no canto estava o brilho das pequenas. Peguei-as, abri o primeiro cadeado. Segundo obstáculo, as meninas em minha direção. Não! Não!! Xô, pra lá!! E nada delas afastarem, eu de short e as pernas sendo delicadamente desfiguradas pelas unhas das minhas meninas. Terceiro obstáculo, o segundo cadeado, era preciso abri-lo. Consegui. As minhas pernas fazem um movimento veloz e confuso, vou direto para o quarto do meu irmão e......... ACORDA!!!!! ESTAMOS ATRASADOS!!!
Hoje é dia de Folclore, dia de o colorido invadir as ruas de Feira de Santana. Dia dos sorrisos brotarem dentre a tristeza das nossas avenidas. Dia de sair com meu irmão, fato raro. Ele acorda, a sua calma me irrita. Tudo cuidadosamente arrumado pelas suas mãos e eu ali com o coração na mão de tanta pressa. Enfim, conseguimos sair de casa, um transporte alternativo passava justamente na hora em que chegamos ao ponto. Sorte! Eis o que chamo de sorte! Entramos no carro. Que cheiro mais desconfortante. Era o suor se espalhando como perfume caro de butique. O ponto estava próximo, mas o desequilíbrio causado pelas chamas do calor fazia o tempo parar. Finalmente o ponto. Eu desço, ele desce, nos descemos. Mais uma longa caminhada a fazer já que não tínhamos dinheiro para dois transportes. O silêncio gira em nossa volta. Ele não conversa comigo nem eu converso com ele, e seguimos em frente como os dois irmãos que somos. Após muito tempo, chegamos ao destino final. Três pessoas estão sentadas, era a equipe do desafio Nobre do meu irmão. Ao lado uma equipe tinha o nome Anauê. Uma saudação ao integralismo de Plínio Salgado? Será que estou vivendo o fascismo? Não, era apenas um “oi” em uma língua indígena qualquer. Eram 9 horas. 10, 11.....Começa o desfile. As primeiras cores começam a surgir. Luvas, cartolas, tambores, palhaços, na Getulio Vargas o ar muda sem parar. Guarda-chuva, Maria bonita e lampião incorporam personagens citados. É lindo ver o dia colorir, azul, amarelo, vermelho, verde e mais ima infinidades de cores me fazer sorrir. É o dia do folclore que nunca vi, o meu primeiro dia, que nunca vai se repetir.
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