Mais uma história sobre "Marias".
Ontem "Maria" soube a dificuldade de ir à Delegacia da Mulher prestar queixa. Ela sempre criticou as pessoas que são agredidas e não iam fazer a denúncia. Mas a pior sensação do mundo é ir à polícia contar o que um pai fez a própria filha. É saber que nada das decisões que serão tomadas vão restabelecer uma relação que há muito tempo atrás foi de amor e carinho. A dor que você sente é mais que insuportável. É uma vontade de morrer incontrolável.
Sabe por que a maioria das agressões feitas contra uma mulher acontece? Por causa do MACHISMO!!! O homem não aceita a liberdade de expressão. A quebra dos dogmas de uma religião hipócrita. Pasme. A primeira pergunta feita a "Maria"quando fui denunciá-lo foi: Você é católica ou evangélica? Sou ateia respondeu! Talvez a delegada quisesse consolá-la com palavras de ordem religiosa. O mais engraçado disso tudo é que parece que só existem duas religiões no mundo. Até parece que algum Deus poderia alterar aquela situação. Mas vou contar como tudo aconteceu.
Estava "Maria" deitada em casa, ouvindo sua música preferida. Chegam os seus pais, estressados como sempre. Levanta da cama. Vai até a sala, mas não fala uma palavra. A mãe pronuncia “Desliga esse som”. Como a última música estava no final, ela deixa pará-la sozinha. Logo após entra o seu pai. Onde você estava? Diz-lhe que estava no Clube Águas Claras, um lugar de ambiente familiar e pessoas se divertindo nas piscinas, afinal era um domingo de calor estava insuportável. Ele faz uma expressão feia e disse: Você foi num lugar onde só tem baixaria. Prostituição. Putas!
"Maria" feminista, não fica calada. Respondeu que não tinha nada disso, e que se tivesse era opção de cada mulher seguir o seu caminho, que não cabia a ele julgá-las. Ele se ofendeu com a reposta. Xingou-a de todos os nomes possíveis. Disse que não era mais sua filha. Ela revidou, falou-lhe que ele deveria conhecer bem o lugar, afinal é ele quem sempre trai a sua mãe. É ele que também contribui para a prostituição aumentar no Brasil.
Tudo isso foi o estopim para não ficar calada. Ele, com um ar superior, achando que por ser seu pai poderia fazer o que quisesesse. Veio em sua direção, já muito vermelho, querendo acabar com a sua pessoa. A mãe chorando, ficou em sua frente. Pedindo para que parassem de discutir. No entanto, "Maria" não ficaria calada sendo alvo daqueles insultos, jamais. Seu pai, queria fazer algo que a calasse. Sua força máscula só poderia ser confirmada depois que tivesse a espancado por inteiro. Por sorte ele não fez nada porque a mãe da moça não deixou. E seu irmão também tentava controlar a fera.
Então. Ele começou a quebrar tudo dentro no quarto. Queria destruir tudo quea fazia feliz. O computador. Jogou um vaso de planta na cama, sujando tudo. Quebrou uma cadeira. Atirava tudo em cima de "Maria", que se defencia com os braços. Já não tendo escolha. Trancou-se no banheiro. Ele, portador de uma arma. Pegou-a e quis matá-la. Mais uma vez foisalva por sua mãe e pelo irmão. E também pela porta do banheiro. Naquele momento não havia mais dúvidas de que morreria, que o fim estava perto. Desesperada, ligou para a policia. Recorda-se da calma como que o policial lhe atendeu. Ele pediu o endereço, perguntou se tinha certeza do que estava denunciando. Porque o pessoal ia entrar já levando o seu pai preso. Ela chorando e muito nervosa, disse-lhe que sim, para vir o mais rápido possível. Mas horas se passaram, e no banheiro permaneceu. Seu pai saiu de casa, com o bastardo que ele costuma a empurrar a ela, ao seu irmão e a sua mãe goela abaixo, levou Princesa, a cachorrinha. E a policia, que se esperava pelo socorro, não deu sinal de vida.
Saiu do banheiro. Em estado trágico de nervosismo. Não conseguia parar de chorar e tremer. Sua mãe, falava que a culpa era dela que tinha respondido ao pai. Que era para perdoá-lo porque ele estava bêbado. Como perdoar uma pessoa que tenta matar outra? Foi o que lhe disse. Ela apenas falou: “ele é o seu pai”. Seu pai....um pai que pegou uma arma de fogo para tentar matar a filha. É isso que ela tinha que aceitar? Não. Não iria aceitar isso nunca. E já estava decidida a prestar queixa. Ela não queria que "Maria" fizesse isso. Disse que conversando se resolve tudo. Mas vocês acham que uma pessoa que tenta matar outra pode conversar? Tem capacidade de conversar? Não! Não! Nunca iria deixar um homem por as mãos nela e sair impune, mesmo que esse homem seja o meu pai.
São situações como estas que milhares de mulheres vivem no Brasil, e por medo não denunciam. Mas não é só medo. É amor pela pessoa que lhe agrediu. Apesar de tudo ele é o seu pai. Poderia deixar isso de lado. Mas não poderia. Estaria indo contra todos os seus valores. Estaria se entregando. Deixando que mais tarde, ele fizesse coisas piores ainda. E por isso tinha que continuar firme em sua decisão.
O seu namorado chegou. Foi a única pessoa que apoiou todas as suas decisões. Saíram de casa, e foram direto a delegacia, a pedido da moça.
Chegando lá, uma garota chorava, ela tinha 14 anos, e queria prestar queixa contra o tio que tinha lhe agredido. Mas calmamente, as duas mulheres que se encontravam na Delegacia da Mulher falavam. Você precisa estar acompanhada de um responsável para poder dar queixa. E as últimas palavras que "Maria"ouviu da menina foram: “Vocês esperam a pessoa morrer para fazer alguma coisa”. Ela já infeliz com sua própria situação, ficou pior ainda ao ver o descaso das mulheres com a denúncia da garota.
Fez a sua queixa. Contou todo o ocorrido. E agora tinha que esperar uma audiência daqui a alguns dias. Será que isso resolverá sua vida? Ela não queria que o seu pai fosse preso. Ou que acontecesse algo de ruim com ele. É o que sintia. Mas ele merecia ser punido de alguma forma. Não se faz isso com a própria filha. Não sei fiz isso a ninguém.
Sabe por que a maioria das agressões feitas contra uma mulher acontece? Por causa do MACHISMO!!! O homem não aceita a liberdade de expressão. A quebra dos dogmas de uma religião hipócrita. Pasme. A primeira pergunta feita a "Maria"quando fui denunciá-lo foi: Você é católica ou evangélica? Sou ateia respondeu! Talvez a delegada quisesse consolá-la com palavras de ordem religiosa. O mais engraçado disso tudo é que parece que só existem duas religiões no mundo. Até parece que algum Deus poderia alterar aquela situação. Mas vou contar como tudo aconteceu.
Estava "Maria" deitada em casa, ouvindo sua música preferida. Chegam os seus pais, estressados como sempre. Levanta da cama. Vai até a sala, mas não fala uma palavra. A mãe pronuncia “Desliga esse som”. Como a última música estava no final, ela deixa pará-la sozinha. Logo após entra o seu pai. Onde você estava? Diz-lhe que estava no Clube Águas Claras, um lugar de ambiente familiar e pessoas se divertindo nas piscinas, afinal era um domingo de calor estava insuportável. Ele faz uma expressão feia e disse: Você foi num lugar onde só tem baixaria. Prostituição. Putas!
"Maria" feminista, não fica calada. Respondeu que não tinha nada disso, e que se tivesse era opção de cada mulher seguir o seu caminho, que não cabia a ele julgá-las. Ele se ofendeu com a reposta. Xingou-a de todos os nomes possíveis. Disse que não era mais sua filha. Ela revidou, falou-lhe que ele deveria conhecer bem o lugar, afinal é ele quem sempre trai a sua mãe. É ele que também contribui para a prostituição aumentar no Brasil.
Tudo isso foi o estopim para não ficar calada. Ele, com um ar superior, achando que por ser seu pai poderia fazer o que quisesesse. Veio em sua direção, já muito vermelho, querendo acabar com a sua pessoa. A mãe chorando, ficou em sua frente. Pedindo para que parassem de discutir. No entanto, "Maria" não ficaria calada sendo alvo daqueles insultos, jamais. Seu pai, queria fazer algo que a calasse. Sua força máscula só poderia ser confirmada depois que tivesse a espancado por inteiro. Por sorte ele não fez nada porque a mãe da moça não deixou. E seu irmão também tentava controlar a fera.
Então. Ele começou a quebrar tudo dentro no quarto. Queria destruir tudo quea fazia feliz. O computador. Jogou um vaso de planta na cama, sujando tudo. Quebrou uma cadeira. Atirava tudo em cima de "Maria", que se defencia com os braços. Já não tendo escolha. Trancou-se no banheiro. Ele, portador de uma arma. Pegou-a e quis matá-la. Mais uma vez foisalva por sua mãe e pelo irmão. E também pela porta do banheiro. Naquele momento não havia mais dúvidas de que morreria, que o fim estava perto. Desesperada, ligou para a policia. Recorda-se da calma como que o policial lhe atendeu. Ele pediu o endereço, perguntou se tinha certeza do que estava denunciando. Porque o pessoal ia entrar já levando o seu pai preso. Ela chorando e muito nervosa, disse-lhe que sim, para vir o mais rápido possível. Mas horas se passaram, e no banheiro permaneceu. Seu pai saiu de casa, com o bastardo que ele costuma a empurrar a ela, ao seu irmão e a sua mãe goela abaixo, levou Princesa, a cachorrinha. E a policia, que se esperava pelo socorro, não deu sinal de vida.
Saiu do banheiro. Em estado trágico de nervosismo. Não conseguia parar de chorar e tremer. Sua mãe, falava que a culpa era dela que tinha respondido ao pai. Que era para perdoá-lo porque ele estava bêbado. Como perdoar uma pessoa que tenta matar outra? Foi o que lhe disse. Ela apenas falou: “ele é o seu pai”. Seu pai....um pai que pegou uma arma de fogo para tentar matar a filha. É isso que ela tinha que aceitar? Não. Não iria aceitar isso nunca. E já estava decidida a prestar queixa. Ela não queria que "Maria" fizesse isso. Disse que conversando se resolve tudo. Mas vocês acham que uma pessoa que tenta matar outra pode conversar? Tem capacidade de conversar? Não! Não! Nunca iria deixar um homem por as mãos nela e sair impune, mesmo que esse homem seja o meu pai.
São situações como estas que milhares de mulheres vivem no Brasil, e por medo não denunciam. Mas não é só medo. É amor pela pessoa que lhe agrediu. Apesar de tudo ele é o seu pai. Poderia deixar isso de lado. Mas não poderia. Estaria indo contra todos os seus valores. Estaria se entregando. Deixando que mais tarde, ele fizesse coisas piores ainda. E por isso tinha que continuar firme em sua decisão.
O seu namorado chegou. Foi a única pessoa que apoiou todas as suas decisões. Saíram de casa, e foram direto a delegacia, a pedido da moça.
Chegando lá, uma garota chorava, ela tinha 14 anos, e queria prestar queixa contra o tio que tinha lhe agredido. Mas calmamente, as duas mulheres que se encontravam na Delegacia da Mulher falavam. Você precisa estar acompanhada de um responsável para poder dar queixa. E as últimas palavras que "Maria"ouviu da menina foram: “Vocês esperam a pessoa morrer para fazer alguma coisa”. Ela já infeliz com sua própria situação, ficou pior ainda ao ver o descaso das mulheres com a denúncia da garota.
Fez a sua queixa. Contou todo o ocorrido. E agora tinha que esperar uma audiência daqui a alguns dias. Será que isso resolverá sua vida? Ela não queria que o seu pai fosse preso. Ou que acontecesse algo de ruim com ele. É o que sintia. Mas ele merecia ser punido de alguma forma. Não se faz isso com a própria filha. Não sei fiz isso a ninguém.
Esse foi o dia 8 de Março de "Maria". Um 8 de Março inesquecível.