É impressionante quando você percebe que está numa idade mais avançada e que várias atividades que fazia antes já não lhe agradam mais por conta da maturidade. É como ir a um show de rock alternativo. Antes qualquer banda, com o som mais simples possível que estivesse tocando agradava, hoje é difícil não criticar ou acompanhar o ritmo com os pés. Tem que ser um trabalho muito bom para conquistar a minha mente.
As amizades também entram nesse espaço doloroso da velhice. Não consigo ficar falando mil e uma besteiras, como antes, ou não parar para analisá-las. Engraçado que os piores diálogos são com homens, me desculpem os meninos que lêem esse blog, mas a maioria do pessoal do sexo masculino que conheço é digno de besteirol. Por isso, prefiro me isolar com livros, filmes e música. Pelo menos posso escolher e dá um “stop” quando quiser.
Até meu baixo, que era algo que fazia com tanto prazer no começo, hoje raramente o pego para tocar. Não há mais criatividade, energia, passou... estou começando a acreditar que tudo passa, e que na vida os prazeres não passam de fases.
Há a fase da “ficança”, o bom é curtir beijinhos e relacionamentos. Depois a fase dos estudos, se dedicar intensamente para ser alguém. Ao mesmo tempo, cuidar do corpo, esporte, academia. E a pior fase de todas, a da responsabilidade, emprego, casa, namorado, família.
Ó céus... Só de mencionar isso tudo, a mente cansa.
No momento, estou tentando encontrar o eu, o que esta pessoa quer, gosta de fazer. Tudo atualmente é um experimento, estou provando de tudo, no final escolho, se for ruim descarto, se for bom não desgrudo mais. Isso se não for mais uma fase... vai saber.