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Wednesday, August 31, 2011

Verdades sobre o Renault Clio

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Clio Xtreme Xuning enaltecendo o losango da Renault



Pense num carro popular. De qual você se lembra de cara? Gol, Palio, Uno, Ka, Celta... Mas são poucos os que diriam “Renault Clio”, o compacto que foi lançado nos anos 1990 e tomou rumos diferentes na Europa e no Brasil, sem contar que deve ser o carro com mais séries especiais do mundo.



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No Brasil, o Clio só chegou em 1996, precisamente seis anos após seu lançamento na Europa… Isso porque seria inviável importar o carro da França; depois que a produção começou na Argentina, o compacto passou a ser importado para o Brasil.



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Xuning do podre…



O Clio 1996 já incorporava alterações em relação ao modelo original. No Brasil, vinha apenas com o motor 1.6 de 74 cavalos do carroça aos olhos da CAOA Renault 19 (propulsor que, aliás, é semelhante ao CHT da Ford). Na época, não vinha com os air-bags que mais tarde fariam a fama da segunda geração no Brasil. Apesar da intenção de tomar mercado de Corsa, Palio e Gol, o preço tornou-se seu maior obstáculo.



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Em 1999 chegou, com produção nacional, o Clio II. Apesar dos faróis sugerirem um rosto triste, caiu no gosto dos brasileiros ou não por oferecer air-bags duplos de série e motor 1.0 de 60 cv, que tornava o preço mais atraente. Também tinha o motor 1.6 do outra carroça Mégane de 90 cv.



Tudo bem que o Clio era moderno, alinhado à irmandade europeia, mas…
  • A versão RL podia vir de série com airbags, mas nem calotas tinha. Aliado aos para-choques sem pintura, garantiam um aspecto fudido ao modelo mais simples, tal qual os peladassos que fizeram a fama deste blog em 2009...

  • Os botões de vidros elétricos ironicamente ficavam no console central, posição que só é menos pior que no Peugeot 206. E mais, a alavanca de câmbio ficava praticamente no meio dos botões!

  • O porta picas malas era suuuuper diminuto

  • A fechadura das portas do Clio era baixíssima, fazendo o dono ter que se ajoelhar para fazer o boquete inserir a chave

  • Os passageiros de trás eram bastante maltratados, por conta do teto de caimento acentuado na traseira, sem falar no curto entre-eixos - para se ter ideia, o vão entre o banco e o teto já foi considerado o pior entre os 20 carros mais vendidos

  • Ainda bem que o Clio tinha airbags duplos de série, pois os freios eram tão ruins que, ao motorista e ao passageiro, só restavam esperar que eles abrissem

  • Nada superava o vidro traseiro, que era bolhudo e chegava a distorcer a imagem da parte de trás!!

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Em 2000 chegou o carro que herdava todos estes defeitos e ainda conseguia a façanha de ser o carro mais feio do Brasil: o Clio Sedan, projetado pelos turcos e que era uma clara gambiarra em cima do hatch. O terceiro volume não estava integrado à carroceria, sem falar que as novas lanternas (com os velhos piscas laranjas) eram horrorosas.



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O primeiro sinal de que os tempos mudavam para a Renault vieram com o Clio Yahoo! (2001), um modelo 100% capado vendido apenas pela internet, que além de toda a pobreza do modelo RL, vinha sem os airbags frontais. Na época o motor 1.0 tinha ganhado 10 cv.



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Bixera!!!



O Clio mudou para 2003, novamente baseado (iariairair) no modelo europeu. A frente mudou da água para o vinho e ficou bem mais simpática, mas a traseira ganhou apenas um tapinha (ui!), com parachoque e lanternas novas. Por dentro, a mesma tranqueira de sempre: o painel não seguiu a mudança do europeu.



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Painel restrito à segunda fase do Clio II europeu



O Brasil perdeu o bonde das popuzudas
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Em 2005, o Renault Clio ganhava uma repaginada total na Europa. Por aqui se dizia: “Oui, terremos o novo Clio”. Mas a informação de Dominique Maciet era pura lorota: o que ele chamava de novo Clio para o Brasil não passava de um make-up no velho. Çaporra chegou no final de 2005, apenas com parachoques reestilizados e um volante novo.



A partir daí, o Clio só perdeu espaço. As versões 1.6 e Sedan deram adeus, e chegaram os carros da Dacia Logan e Sandero, que pelo tamanho avantajado fizeram sucesso no Brasil. A Renault preparou um “relançamento” do Clio, reposicionando-o e oferecendo três anos de garantia, que mais recentemente o tirou da poeira, fazendo com que ele venda muito mais hoje do que quando era moderno e tinha airbags de série.



Está prevista mais uma maquiagem em cima dessa merda, que deverá ser apresentada em 2012. Enquanto isso, a Europa já recebe a quarta geração… Melancólico, no mínimo.



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Donos
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“Geeeente, que unhas horríveis!!”
Cumprimento de donos de Clio se reunindo no barzinho



Donos de Clio babam o maior testículo ovo para seus carros e geralmente pegam a mulherada, mas isso porque elas gostam mais do carro do que do dono. Assim, eles se acham até demais. E ao tomar uma bela benga de um Volkswagen (ou qualquer outra coisa) com motor AP, vão correndo contar para a mamãe! Os donos de Clio geralmente reclamam, porque a Renault não traz a nova geração do modelo. Isso porque ele não tem condições nem de bancar a gasolina de seus carros…


Versões
AVISO! Esta seção pode causar danos aos olhos, ao computador ou a ambos por ser bastante extenso.



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Yahoo: O pior Clio da história. Era 1.0 (motor opcional), horrível (sem para-choques pintados ou calotas no início), não tinha nenhum item de sobrevivência, não era tão barato e ainda vinha sem airbags, eliminando qualquer chance de sobrevivência dos passageiros num acidente. Seria um bom carro pra se aplicar as técnicas de bulimia automotiva...



RL: Versão básica do primeiro Clio, a partir de 1996. Na segunda, ganhou as bonecas bolsas infláveis, mas ficou bem mais feio.



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RN: Modelo intermediário do Clio entre 1999 e 2003, incluia itens de sobrevivência (pra categoria), como parachoques pintados e calotas.


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RT: Designação adotada para os primeiros modelos completos. Atraia pelo ótimo nível de equipamentos de série perante a concorrência e até hoje um desses bem cuidado é uma boa opção de compra. Mas mesmo assim, não resolvia o problema da feiura dos Clio de 1999 a 2003.



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Si: Versão pseudo-esportiva homônima ao Civiquera realmente esportivo. Tudo bem que tinha 8 cv a mais que os outros 1.6, mas isso fazia milagre. Visualmente tinha rodas de Megatron e faróis duplos, item cobiçado por proprietários do Clio antigo que tentam disfarçar sua feiura.



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Tech Run: Série lançada em 2002 com as rodas Megatron do Si, mas sem o diferencial do motor mais forte.



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Jovem Pan: Série de 2002 com alguns diferenciais (leia-se adesivo e rádio, que só sintonizava na Jovem Pan, obviamente).



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MTV: Não lembra dele? Veja o comercial abaixo…







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O Boticário: O Clio mais feminino de todos os tempos, uma versão sedan 1.0 mais equipada. Na época, 60% das vendas eram para mulheres.



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Authentique: Modelo básico da linha pós-2003, que incluia os airbags na lista de opcionais. Podia vir também na versão três-portas, que não existia antes deste ano. Dava para saber que modelo era pela plaquinha no porta-luvas.



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Expression: Clio intermediário a partir de 2003.


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Dinamite Dynamique: Diz-se que é o Clio mais gostoso de dirigir. Possui o mesmo ótimo motor 1.6 16v de 110 cv das outras versões, quase tão completo quanto o Privilège, mas com o visual diferenciado da carroceria duas portas. Sem dúvida um dos Clio mais interessante de todos os tempos em terras brasilinas.



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Privilège: Clio completo a partir de 2003, trazia praticamente o mesmo conteúdo de um Mégane RXE da época, em "embalagem" compacta. Modelo extremamente cobiçado entre os Cliozeiros.



Alizé: Edição baseada na versão Expression, com motor 1.6.



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Stand Up, Get Up: Série limitada lançada em 2009 que trazia alguns equipamentos a mais, como rodas aro 14” e rádio com comando satélite no volante.



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Campus: O atual carro de universitário (aliás, este é o último remanescente da linha Clio), obviamente só com motor 1.0 16v Hi-Flex. Seus donos o defendem ferrenhamente por ser um modelo "sofisticado" simplificado, não um modelo nascido pra ser pé-rapado, como seus concorrentes.



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Williams: Clio mítico dos anos 1990: tinha 145 cv e fazia de 0 a 100 km/h em 7,5 segundos.



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Trophy: Série de despedida da segunda geração na Europa. Foram apenas 500 unidades para Reino Unido e Suíça.



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16S: A versão de primeira geração era reconhecível pelo capô com uma área mais alta, semelhante ao Williams. A letra S indicava soupápes, ou válvulas. Tinha motor 1.8 16v de 137 cv.



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RSi: Ttinha motor 1.8 de 110 cv, uma opção esportiva mais em conta na Zooropa.



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Sport V6: Aí sim!!! Melhor do melhor do mundo, inigualável e nunca mais farão nada parecido. Este Clio tinha motorização central-traseira, fazia de 0 a 100 km/h em 5,8 segundos, tinha 255 cv e rodas aro 18". No Brasil, chegou a se disseminar um podre-kit com design similar ao Clio mais fodástico da história.



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RS: Outro esportivo restrito à Europa. O para-choque podia ter seu desenho discutível, mas com 197 cv, ele não estava para brincadeiras.



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GT: Modelo de 2009 com visual esportivo e motor 1.5 dCi (sim, movido a diesel) de 106 cv ou 1.6 de 126 cv.



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Gordini 200: Versão do Clio que homenageia o célebre leite Glória Gordini. Na Europa, o nome tinha mais a ver com modelos esportivos.



Verdades
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  • O Clio 1.0 8v (58 pôneis mancos) pode sim alcançar 120 km/h na estrada, em cima do caminhão-guincho obviamente.

  • Acha o Symbol modernoso? Saiba que ele não passa de um Clio Sedan (muito) modificado, que mantém o vidro de trás bolhudo. Pode-se observar que os vidros laterais são iguais.

  • O tempo médio de ajuste de injeção do Renault Clio é de dois anos.

  • Atenção redobrada ao estacionar o Clio perto de uma lata de lixo – o caminhão de lixo pode levá-lo junto.

  • O pai do Kamikaze teve um Clio 1.0 tão fudido que nem o freio de mão funcionava. Já o editor que vos fala fazia baladinhas (até 2007) num modelo 1.6 Privilège na cor vinho.

  • Se você acha ter ruim ter um Clio hoje, imagine na metade dos anos 1990, quando o grupo CAOA e a Renault trocavam farpas entre si. Mal-atendimento para lá, carros defasados para cá… No final, a montadora francesa acabou por assumir a importação no Brasil.

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  • No México, ao invés do Clio Sedan, existia o Nissan Platina (mesmo carro com algumas modificações). O mote do lançamento era “provoca reações” (leia-se: vômitos, alergias e coceira).

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Isso é o que todo popular tinha que ser para a Renault…



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