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Tuesday, September 6, 2011

Verdades sobre a Barra Forte/Circular

Barra Circular original (1)[1]
A preferida dos “tiozão”, dos “oreia seca” e dos “vida loka”


Você quis dizerBicicreta
Google sobre Barra Circular


Ainda vou ter uma dessas…”
Muleke novinho do gueto sobre a Barra Circular


Biciqueta de marcha? Só serve pá dá pobrema!
Tiozinho “pé duro” falando da simplicidade de sua Barra Circular



Imagina eu de CG, ou de Pop 100...

Bicicretero relatando seus sonhos de consumo


“Eh kenti muleke! Depois di colocá us aro aerio com raiamento duplo e suspenssaum dois andar ai vô apavorá o piko!”
Mano do gueto logo após adquirir sua Barra Circular nas Casas Bahia


Vou trocá por uma Gios ‘frirraidi’ cum freio a disco, mas vô fiká com a suspenssaum de dois andar”

O mesmo mano ao descobrir que existe bike melhor do que a Barra Circular


Te dou duas croisinha e um Super Nintendo na sua Barra!”
Manolinho tentando obter uma Barra Circular na base do escambo


O tio! Dá pra por freio a disco na Barra?”
Manolinho enchendo o saco do mecânico da oficina de bicicletas


Vocês tem aquela capa de sela do Corinthians?”
Tiozão tentando comprar acessórios para sua Barra Circular


Aoo zé povinho! Isso é uma visão do inferno!”
Caco Antibes sobre ciclista usando uma Barra Forte


Daew, topa um racha? Deixo você sair com 2 bikes de distância e ainda te passo na moral!”
Muleke de Barra Circular intimando outro muleke em uma Barra Forte em uma ladeira


Tem certeza que não dá pra colocar retrovisor de moto na minha bicicleta?”
Tiozão indagando sobre a modificação em sua Barra Forte


Pu#%# #%%#, já não basta ser um osso e essa mer#@ de freio torpedo não tem peças de reparo PQP!”
Mecânico de bicicletas passando raiva com uma Barra Forte


Caraio, çaporra de paralama da minha Barra caiu de novo! Já sei, vou amarrar mais um arame pra ver se dessa vez çabosta fica no lugar
Pedreiro fazendo uma gambiarra na sua Barra Forte


Ih olha lá, acha que tá abafando correndo de Barra. Vai peidar logo na primeira subida e vou passar voado só pra ele largar de ser metido a fodão!
Eu sendo ultrapassado (na marra) por uma Barra Forte

ESTE POST FALA SOBRE UM LIXO VEÍCULO DE 2 RODAS

Barra Forte, Barra Circular, ou  simplesmente “Barra”, é uma porcaria bicicleta do tipo utilitária, muito usada para transporte de dorgas por maloqueiros de pequenas cargas e locomoção para a oficina mais próxima arrumar o pneu careca. Apesar de terem nomes diferentes e fabricantes diferentes (Barra Frouxa Forte é feita pela Caloi e a Barra Circular é sua cópia não-autorizada feita pela falida Monark), ambas são os modelos mais vendidos no Brasil. Sua introdução no mercado brasileiro se deu nos anos 1950, do tempo em que quem tinha uma bicicleta era considerado rico (então eu que tenho 9 bikes seria o que? Milionário?! O.o*).


Barra estado de conservação[1]
Barra Circular em seu estado clássico de conservação (o selim é opcional)


Nessa época, as bikes (???) eram muito concorridas e quem possuía uma tinha um certo status, até mais do que ter um carro! Naquela época também, as rodas eram do tamanho 28 polegadas e pneus finos (pergunte ao seu avô sobre os vários capotes que ele e sua avó levavam quando eles andavam nas estradas de terra.). A variedade era grande e as marcas como Philips (não, não é a mesma que faz lâmpadas), Gäricke (pronuncia-se “guerique”), Prosdócimo (sim, é a mesma que fabricava geladeiras!), além das conhecidas Caloi e Monark eram as mais conhecidas entre o público. Mas o tempo foi passando e muitas destas marcas acabaram desaparecendo, restando apenas a Caloi e a Monark.


monark-olé 70[1]
Monark Olé 70: o inicio da decadência popularização da Barra


Muito tempo depois, as “Barra” perderam o status que tinha, mas ainda assim era objeto de desejo de muita gente, seja daquele tiozão xunneiro saudosista que curte xunnar encher sua Barra de acessórios, ou aquela gurizada que curte mais as Barras “naked” (sem paralamas, protetor de corrente e bagageiro). Atualmente, é possível encontrar modelos de Barra Forte e/ou Barra Circular (aff é tudo a mesma merda coisa) com vários níveis de modificação, desde a colocação de marchas (a Caloi ainda fabrica a versão com 6 velocidades que por sinal é uma bomba pra regular as marchas) até a instalação de freios a disco e suspensão de coroa dupla (a.k.a. “2 andares”), além é claro dos aros e pneus extra largos, muito usados em bicicletas semelhantes as de DownHill.


Barra Xunning off road
Essa é uma das variações de xunnagem customização que a Barra pode receber


Perfil dos donos


Geralmente quem anda de Barra são pessoas de classe C e D, em grande parte mulekes zika e os oreia seca (a.k.a. pedreiros), mas existe uma pequena porcentagem de tiozões que ainda andam com suas Barras ostentando vários penduricalhos, que se assemelham muito a uma penteadeira de puta árvore de natal.
  • 454% dos donos de Barra acabam por fazer melhorias ou não em seus “veículos”.

  • 123% dos tiozões colocam para-barros e capa de selim do time do coração logo após comprar sua nova Barra.

  • 90% dos pedreiros utilizam suas Barra ao extremo, chegando ao ponto de apelarem para recursos técnicos alternativos (a.k.a. gambiarras fudidas! O.o*)

  • 78% dos donos são tão “mão de vaca” que, para economizar com remendo, acabam mendigando pedaços de câmaras velhas em oficinas de bicicletas para poder amarrar um pedaço de borracha no local do furo (!!!)

  • 69% dos muleke zika acabam “customizando” seus modelos, geralmente colocando aros e pneus mais largos e levantando o bagageiro com pedaços de chapa de ferro, também conhecidos como alongadores

  • 55% dos pedreiros já toparam racha com outros ciclistas que utilizam bikes melhores, mas muitos acabam abortando o desafio no momento em que a corrente de suas Barra escapa, quando não arrebenta de vez!

  • 2% dos donos de Barra tem internet em casa ou acessam por cyber-cafés e certamente irão ler este post

  • 100% dos donos de Barra ficarão putos da cara ao lerem este post depois de serem sido avisados pelos 2% acima e tentarão me pegar utilizando suas “bikes”, mas não terão pernas suficiente para isso (Fuck Yea combo TrollFace)

Barra jogada na agua (1)[1]
Esse é um dos fins que a Barra costuma sofrer quando são abandonadas


Verdades
  • Desde seus primeiros modelos o peso é algo que sempre o classificou como bike resistente, o que não é verdade

  • O primeiro contato com a alta velocidade geralmente é descendo uma ladeira a toda com uma Barra (no caso dos mulekes zika, descem na posição “superman” por ser mais aerodinâmico e “do grau”)

  • Para identificar uma barra de um muleke pika portador de Ecko Unltd, basta reparar se a Barra dele tem pintura exótica, rodas com mais de 72 raios cada, apoiadores nos eixos para “mandar um manual” e bagageiro levantado para facilitar a manobra.

  • Existem versões femininas das Barra, sendo a Caloi Poti e Monark Tropical. São praticamente a mesma porcaria coisa e também não escapam dos manos em serem cagados modificados.

  • A Barra com o maior numero de raios em cada roda (144 no total) foi vendida por um valor de uma Honda CG Today 1992, sendo que o custo da construção desta Barra foi superior ao preço de uma Biz baixada em leilão

  • Os maiores causadores de acidentes no trânsito geralmente andam na contra-mão, em cima das calçadas e cortando o transito como se estivessem em uma moto, mas sempre usando uma Barra.

  • Com a maldita inclusão digital, muitos donos de Barra acabam jogando lixo fotos de suas bikes (???) na internet, geralmente para ver qual é a bike mais escrota pika das galáxias da rede

  • Com a popularização dos aparelhos eletrônicos, não é raro ver algumas Barra com suporte para alto falantes de celular e MP1234567890's conectados a eles, geralmente tocando Racionais Mc's ou aquele funk boladão da Valeska Popozuda.

  • Alguns mais abastados (vide traficantes em potencial) acabam investindo mais em suas Barra e chegam a colocar um DVD portátil Coby no guidão e conectados a uma caixa de som acoplado no bagageiro, contendo um sub de 12”, 1 tweeter profissional e uma potência de 200W, tudo isso mantido por uma bateria de carro dentro de caixa, quando não instalado no meio do quadro naquele arco que vem no mesmo.

barra forte rebaixada[1]
Barra customizada a pedido do dançarino Lacraia (R.I.P.)
  • Antes mesmo de alguns carros aparecerem com neon, as Barras foram as pioneiras neste swag, sendo possível encontrar kits prontos para instalação no Mercado Livre por preços não muito acessíveis.

  • Se estiver andando de boa e duas Barras “tunnadas” estiverem te seguindo, fuja! Estão te preparando uma cilada Bino!!!

  • Muitos manolos que acabam conhecendo uma moto acabam tentando dar sua Barra de entrada para aquisição do mesmo, enquanto outros acabavam por abandoná-la em algum canto ou, em casos extremos, tacar no mato e pintar de verde atirá-las no lago (vide foto mais acima)

  • Além da Caloi e Monark se é que ela ainda existe, existem outros fabricantes que produzem suas versões, como a piauiense (Salve, Júlio!) Houston Bike montando a Super Forte CP e a catarinense Fischer fazendo a Super Barra. Conseguem ser piores do que as já conhecidas Barra Forte e Barra Circular, mas são poucas as lojas que vendem estes modelos (exceto nas regiões onde são fabricadas)

  • Com o valor de uma Barra Forte nova, é possível encontrar bikes usadas em melhor estado e muito melhores no quesito qualidade de peças e valor agregado, mas ainda existe o tolo consumidor que acredita que comprando uma Barra terá uma bicicleta que não dará problemas. Ledo engano.

Fotos copiadas na cara dura da internet Divulgação e Kiko Molinari Originals  Montagem Texto e Edição – Kiko Molinari Originals.
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