Land Rover lança primeiro Experience Centre na América Latina

Marina Jankauskas

Pista de testes oferece diversas situações fora de estrada com auxílio de instrutores

Um cenário “selvagem”: muita lama, trilhas sinuosas e terreno instável. O veículo aparece de longe, vencendo córregos, lamaçais, dunas de areia e caminhos de pedras sem nenhuma complicação. Esse é o típico comercial de veículos com tecnologia off-road, com o melhor do espírito aventureiro e explorador. Porém, na rotina, o dono de um carro desses raramente sai das ruas asfaltadas, e deixa todo o potencial aventureiro do veículo em segundo plano.



Justamente para proporcionar a seus principais clientes a oportunidade de ver do que seus modelos são capazes, a Land Rover inaugurou o primeiro Land Rover Experience Centre da América Latina. O local, como o próprio nome sugere, foi desenvolvido especialmente para que donos de veículos da marca, ou potenciais compradores, consigam ver em atuação todas as funcionalidades de um Land Rover.

Centro oferece variedade de modelos de toda a linha Land Rover para serem testatos

O Experience Centre foi construído no Haras Larissa, uma charmosa fazenda no interior de São Paulo. A marca procurou mesclar a sofisticação e exclusividade (duas coisas que clientes Land Rover parecem apreciar) com todo o aspecto radical de seus veículos. Inclusive, o centro terá pelo menos um de cada modelo da marca (leia-se os Land Rover Defender, Freelander 2 e Discovery 4 e os Range Rover Vogue e Sport) disponível para os visitantes testarem. Isso porque, por questões de segurança, os motoristas não poderão utilizar seus próprios veículos. Segundo Flávio Padovan, diretor-presidente da Jaguar Land Rover para América Latina e Caribe, futuramente o Range Rover Evoque, mais recente lançamento da marca, será incluído na “frota”.

Até agora, o local já possui três cursos de off-road: o básico, com duração de meio dia, que custa R$ 800 para aqueles que não ganharem o voucher (com o qual a pessoa é convidada a participar); o Nível 1, que dura um dia inteiro, é mais formalizadoe custa R$ 1.200; e o Night Drive (condução noturna), cujo preço ainda não foi estabelecido. A marca pretende expandir o número de cursos, com níveis off-road mais avançados e cursos de direção defensiva, preparação para expedições e até direção evasiva e de blindados.

Motoristas enfrentam muita lama no percurso e aprentem a fazer uso de toda a eletrônica dos modelos

Coisa de menino?



Talvez seja porque o off-road ainda esteja muito ligado à figura do homem machão, ou porque a minha cara não passe lá muita confiança de quem dirige na lama, mas o fato é que senti que ninguém botava muita fé eu conseguiria me dar bem em um percurso cheio de obstáculos, buracos, subidas íngremes e descidas assustadoras. Mas eu provei todos errados, e com gosto.

Não que o mérito seja totalmente meu. O Range Rover Sport fez quase tudo sozinho. O Neto – um dos instrutores que acompanha os “alunos” em todo o percurso - ensinava qual funcionalidade deveria ser utilizada em cada trecho, explicava como o carro reagiria às condições e como o motorista deve responder. Só o que eu teria que fazer era ser obediente, manter a calma e ir. Mas, acredite, essa parte não é nada fácil.

Cursos são oferecidos em turnos de meio dia, integral ou noturno

O interessante de experiências como esta é aprender conceitos novos ao volante. A pista ensina que, em situações off-road, muitas vezes o ideal é fazer exatamente o contrário do que seus instintos urbanos mandam. Isso significa não pisar no freio, e até acelerar se for preciso, mesmo em frente à maior descida da sua vida (digna de montanha-russa); Ou manter a direção reta e não tentar controlá-la ao acompanhar as viradas bruscas que ela dá em um “facão”; Ou acelerar forte em uma subida de lama escorregadia, mesmo pensando que o carro não vai subir de jeito nenhum; Ou, por fim, ignorar a sensação de capotagem que vem quando o carro é guiado a um ângulo extremamente perigoso em relação ao chão.

No fim, deu tudo certo e impressionei a todos com a minha calma e segurança (acho que, por ser menina, eles esperavam que eu gritasse histericamente toda vez que o carro descesse ou patinasse um pouco). A experiência, apesar de curta, vale a pena. Principalmente para quem estiver disposto a pagar um bom dinheiro por seu modelo e, no fim das contas, experimentar tudo do que ele realmente é capaz.



Fonte: revistaautoesporte

Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com/