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Tuesday, October 18, 2011

Um raio-x da nova geração do Porsche 911

Marca alemã revela principais inovações técnicas do seu esportivo mais tradicional
Diogo de Oliveira, de Stuttgart
Editora Globo
A bela carroceira mantém os traços característicos do 911, mas tudo que há por baixo da escultura é novo
Motor 3.8 Boxer (de seis cilindros opostos) a gasolina com injeção direta e 400 cv de potência; carroceria de última geração, feita com liga especial de aço e alumínio que reduziu o peso da estrutura em 45 kg; câmbios manual de sete marchas e robotizado de dupla embreagem e (iguais) sete velocidades; aceleração de zero a 100 km/h em 4,3 segundos; tração traseira; aerofólio retrátil, quatro vistosos escapes cromados e sistema start/stop. Esse é o resumo (bem curto!) da ficha técnica da nova geração do Porsche 911 (versão Carrera S) lançada há um mês no Salão de Frankfurt (Alemanha). Contudo, as novidades foram tantas, que a marca alemã promoveu um workshop para mostrar (detalhadamente) todas evoluções – e revoluções – da nova geração do superesportivo (que vai servir de base tecnológica para os futuros modelos). AE foi até o centro de desenvolvimento da Porsche, em Weissach, nos arredores de Stuttgart, fazer o “curso”.



Duas ventoinhas (patenteadas) ficam atrás dos faróis, em uma configuração própria, e o sistema de resfriamento do motor só entra em ação quando o bloco atinge sua temperatura ideal de funcionamento (a queima da gasolina nos cilindros é mais eficiente); só depois o líquido refrigerante é liberado


Editora Globo
Porsche diz que o novo aerofólio retrátil exerce uma pressão jamais obtida sobre o eixo traseiro do 911
E foram muitas as surpresas. Ao observar um carro como o Porsche 911, é natural pensar em toda a sua sofisticação. Por outro lado, é quase impossível compreender toda a engenharia que há por trás da bela carroceria. Exemplo: além das dimensões maiores ), a estrutura é 45 kg mais leve. Mas como? Pois bem, a fábrica de Stuttgart usou bastante alumínio combinado a diferentes tipos de aço (de alta e baixa resistências).



Segundo a Porsche, 44% da estrutura é feita de alumínio e o resto é aço, com 2% das partes feitas de magnésio (o composto está apenas em peças rígidas do interior). Essa combinação reduziu o peso e aumentou em 13% a rigidez torcional da carroceria – deixando o 911 ainda mais equilibrado em movimento. Mesmo mudanças muito sutis foram determinantes. Os retrovisores laterais, por exemplo, agora ficam nas portas.



Editora Globo
Cores mostram as partes em alumínio (azul) e os diferentes tipos de aços; nova carroceria é 45 kg mais leve
Editora Globo
Peça plástica refrigera diretamente os freios
A montadora diz que essa mudança baixou significativamente o arrasto aerodinâmico (antes, os espelhos ficavam na base das colunas dianteiras). A instalação do aerofólio retrátil foi outro acerto decisivo para o desempenho da nova geração do cupê. A peça emerge quando o modelo supera os 120 km/h e, diz a marca, exerce uma pressão inédita sobre o eixo traseiro (jamais obtida nas gerações anteriores).



A nova marca de 7’40’’ em Nordschleife – anel norte do místico circuito de Nürburgring – comprova a tese: trata-se da melhor marca do Porsche 911 em toda a sua história. Absolutamente tudo no modelo foi mexido para que sua performance fosse superior. As suspensões, por exemplo, foram reconfiguradas: a dianteira é totalmente nova e usa uma barra de torção de alumínio e a traseira tem braços múltiplos. E a bitola foi alargada.



Editora Globo
Retrovisores laterais foram deslocados para as portas para reduzir o arrasto aerodinâmico
Até os pneus (fornecidos pela Continental) foram desenvolvidos especialmente para o novo 911. Pensa que acabou? Vamos agora às novas tecnologias. A intenção da Porsche foi fazer quase o impossível: construir um sucessor mais rápido, porém menos poluente. E a fábrica conseguiu. A nova geração ganhou um novo (e inédito) câmbio manual de sete marchas em que a sétima relação baixa o regime de giros do motor em 19%.



O câmbio manual de sete marchas tem uma trava na sétima relação para evitar que se passe (erradamente) da terceira ou quarta à sétima; o engate só é liberado quando o câmbio trabalha em quinta ou sexta marchas




Editora Globo
Sistema de exaustão tem placas ressonantes e válvulas que realçam ronco do motor Boxer
O 911 também passa a vir com o sistema start/stop, que desliga o motor em paradas curtas (para economizar gasolina). A Porsche também apresentou a inusitada função Coasting: quando o limite de velocidade de uma rodovia baixa, basta liberar o acelerador e o câmbio PDK entra em modo neutro (o motorista só precisa aguardar a velocidade baixar até o novo limite). Com todos os recursos, tem-se uma economia de até 16%.



Aliás, parece hipocrisia falar em economia de combustível a bordo de um 911, mas a Porsche ressaltou a média de consumo misto: 12,2 km/l na versão equipada com o motor mais manso (o 3.4 litros Boxer de 350 cv). No Carrera S, essa média cai para 11,5 km/l, mas o consumo ainda é elogiável para um superesportivo, especialmente se observarmos seu ímpeto feroz – são 4,3 segundos para ir de zero a 100 km/h. Melhor, quase impossível.





Fonte: revistaautoesporte

Disponível no(a):http://revistaautoesporte.globo.com/
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