English French German Spain Italian Dutch

Russian Brazil Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
Translate Widget by Google

Thursday, September 11, 2008

Aborto: sim ou não?

Ilani Silva


O aborto de fetos anencefálos (sem cérebro) é o principal tema discutido pelo Supremo Tribunal Federal nos últimos dias. A questão é: A mulher tem o direito de interromper a gestação quando é diagnosticado pelo médico que o feto possui a malformação no cérebro? Dos casos ocorridos em Cachoeira, na presença da auxiliar de enfermagem da Santa Casa de Misericórdia, Dorazilva Mariano, 39 anos, apenas uma criança com anencefalia sobreviveu por mais de duas horas. “A criança não tinha reflexo, nós mexíamos seus braços e ela nem se movimentava” recorda a auxiliar que ainda lembra do estado psicológico de algumas mães: “Elas ficavam depressivas, sabiam que seus filhos não iriam crescer”.
Mesmo emocionalmente abaladas, muitas mulheres preferem dar prosseguimento a gestação até o fim, pois algumas religiões, a exemplo do Catolicismo, não aceitam o aborto em qualquer que seja o caso. E é por isso que as discussões em audiência pública têm gerado bastante polêmica. Afinal, o aborto na Constituição Brasileira só é permitido em casos de violência contra a mulher e quando a mãe é exposta a risco de morte. Porém, os religiosos que estão contra a aprovação da lei afirmam que todo ser vivo tem o direito à vida, mesmo que a morte chegue logo após o seu nascimento.
O Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e do Adolescente de Cachoeira, órgão responsável por executar atribuições constitucionais e legais no campo da proteção à infância e juventude não levou, até o momento, discussão à sociedade sobre o aborto. A conselheira tutelar Rita Nascimento, 34 anos, diz estar pouco informada sobre o aborto de fetos anencefálos e que nem internet para acompanhar o caso o órgão dispõe.
Se nem o Conselho Tutelar está devidamente informado, é possível que algumas mulheres da região também não saibam da existência da possibilidade de uma aprovação de lei do aborto de fetos nestes casos, é o que ocorreu com a empregada doméstica, Marinalva dos Anjos, 48 anos, residente em Cachoeira, quando respondeu não estar acompanhando nem sabendo das audiências promovidas pelo Supremo Tribunal Federal.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...