Não fui. Não vi. Apenas escuto comentários sobre a nova festa dos alunos Centro de Artes, Humanidades e Letras(CAHL) da UFRB, chamada de Vemnimim Broto. Nome um pouco sugestivo não? Pois bem, a liberação sexual tomou conta dos adolescentes envolvidos, o brinde junto com o ingresso foi um pirulito e uma camisinha. A casa onde aconteceu o evento ficava num sitio, afastado dos barulhos e preconceitos da cidade. O som de batidas eletrônicas promovia a atmosfera free da garotada. Quartos confortáveis estavam à espera de casais com os hormônios pulsando. E ao longo da animação, foram devidamente utilizados.BEIJOS E TUDO MAIS – “Rolou de tudo! Beijo triplo, quádruplo, quíntuplo” disse-me uma das comentaristas da festa. Dependendo do tom de voz e da expressão facial da pessoa, poderia afirma-lhe que essa frase era transmitida por uma pessoa super empolgada com as “novas” experiências da vida. Porém, não foi isso que chegou a minha pessoa. A surpresa e reprovação a apavoram toda vez que comentava do Vem em Mim Broto. Garotas com garotas, garotos com garotos, batidas de ambos os sexos, tudo misturado, ou bem delimitado. Assim foi a festa que durou até o amanhecer. E alguns perguntavam até onde iria o limite da expressão sexual. Eu, definitivamente, não sei. Mas acho que a festa foi feita justamente para quebrar regras e dogmas estabelecidos por segmentos de uma sociedade fechada e machista. Arrependi-me de não ter ido, seria uma oportunidade, quem sabe, de detalhar com maior precisão o evento tão fantástico que vem sendo alvo de tantos comentários.
O MUNDO É GAY - Essa frase se confirma cada vez mais em minha mente, alguns seres tentam negar, fazem de tudo para não pensar, agir, mas não tem como não perceber que a sociedade é assim, linda! Como não querer explorar um corpo semelhante? Será que as pessoas que são homofóbicas nunca sentiram esse desejo? Creio que seja impossível, até nos atos mais simples, somos gays. Quando uma criança começa a descobrir o seu corpo, ela quer tocar, ver o (o que você preferir) dos outros, comparar com os seus, ninguém nasce com essa repulsa ao outro. Pelo contrário. Sentimos a vontade de experimentar, e graves conseqüências podem ser geradas pela repressão desse almejo. Conheço alguém que não pode ouvir falar de gays que já fica apavorado, nervoso, vermelho. Por que será, pergunto-me sempre. Talvez tenha desejos reprimidos, pois seu pai já cometeu a ignorância de dizer-lhe que prefere um filho maconheiro e ladrão a homossexual. Como agir nestes casos? Ficar quieto, ouvir calado é a melhor solução? Em minha opinião não, tudo que conquistei até hoje vieram principalmente dos meus questionamentos, da minha revolta. Se que quero algo, devo expor todos os meus argumentos, mas o maior defeito desta pessoa que citei é ser tímido e não falar. Ele apenas absorve, e não sei até onde isso vai chegar.
No entanto, fico aqui escrevendo, liberando minhas emoções, no próximo post, falarei sobre o seriado lésbico Sugar Rush, que ando assistindo ultimamente, uma pena só ter 2 temporadas, isso acaba comigo.

Beijos meus lindos e lindas!!