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Monday, September 5, 2011

Verdades sobre o Chevrolet Chevette

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Mais um lixo construído pelo Lata Velha…


“Econo.Flex? Prefiro meu Econoúnico, êta carrinho novo que bebe!!!”
Dono de Chevette 1.6 sobre Chevrolet Vectrinha Prisma



“O Baú da Felicidade sorteou uns trinta desses, rá-ráááeee!”
Silvio Santos sobre Chevrolet Chevette



"Foi o meu terceiro carro, depois do Ford T e do VW Fusca"

Dercy Gonçalves sobre Chevrolet Chevette



"Você não me dava bola... Porque eu tava de Chevette... Agora eu tiro onda, só cortando, de Ornéti!"

Mc Menor da Baixada sobre Chevrolet Chevette



"É velho e feio mas tá pago. E seu 1.0 0km?"

Pobre sobre Chevrolet Chevette



"Não é velho, é antigo porra!!"
Proprietário sobre Chevrolet Chevette



"Se eu tivesse um desses, nunca ficava atrás do Alemão..."

Rubinho Barrichello sobre Chepala 6 canecos



“Por quanto sai sem o motor?”
Mano negociando um Chevette numa loja de carros velhos, já com planos de instalar um AP



“Ah, não, deste carro eu não gostei, o volante dele está alinhado”
Dono de Chevette ao fazer test-drive no Renault Logan



“Tenho um Chevette Automatic quatro portas”
Acreano sobre Chevrolet Chevette



“Quando anda é Xevrolé, quando bate vira Ferrolé!”
Mexânico sobre Chevrolet Chevette



“Devido à impossibilidade de adequar o motor do Chevette às normas antipoluição, teremos que descontinuar este carro”
Engenheiros da Chevrolet sobre Chevette



“É um Opalim!”
Dona de casa sobre Chevrolet Chevette



“O plano original era gravar o CD utilizando Chevettes”
U2 sobre disco Achtung Baby, que estampa Trabants restásticos na capa



“O único Chevrolet nacional que presta.”
Boris Feldman sobre Chevrolet Chevette (por se tratar de um carro velho, ele é suspeito no assunto)


ESTE POST FALA DE UMA carroça!

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Unette ou Chevuno?


Lançado em 24 de abril de 1973, o Chevrolet Chevette alcançou boa fama no Brasil, embora não se comparasse ao também saudoso VW Fusca. Curiosamente, o pequeno GM foi o carro mais vendido do Brasil em 1983, liderança que no ano seguinte foi de seu irmão maior, o Monza. O Chevette tinha lá suas peculiaridades, como a tração traseira e o bocal de combustível na coluna C. Com o passar do tempo, virou uma opção interessante para os manos mais carentes.



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Repare na grade de tubarão


O primeiro Chevette, baseado no Opel Kadett, era conhecido por “Tubarão”, referente às marcas que ele deixava nos atropelamentos, parecidas com as de tubarões. Era considerado moderno, mas simples, algo semelhante a se trazer o Corsa europeu hoje para o Brasil. O destaque do motor 1.4 de 68 cv era a admissão de combustível de um lado e escape de outro, mecanismo conhecido como crossover cross-flow. Mas a vantagem ficava só na teoria, já que o consumo era elevado e o desempenho pífio.


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Esta traseira foi mantida por quase 10 anos


Curiosamente, o banco todo ia para frente ao ser rebatido (e não só o encosto, como é comum hoje). Era mais caro que VW Fusca e Brasilia, mas custava menos que o Ford Corcel e o Dodge 1800. Sua suspensão era durinha (ui!), fazendo pular como aqueles bois eletrônicos de montaria.
  • Em 1975 chegava o Chevette Especial, ironicamente uma versão barateada e com painel de dar pena. Havia também o Super-Luxo, na mesma pobreza de sempre, mas com molduras horríveis nas janelas (pelo menos, parecia ter um cavalo a mais...)

  • Para 1976, a novidade era o Chevette GP, com visual bem incrementado e aumento da taxa de compressão do motor (aumentou a potência para 72 cv), o que não o salvou do desempenho fraco das outras versões, mesmo utilizando gasolina “azul”, nos dizeres de época. No mesmo ano houve um redesenho de painel. Seus concorrentes diretos eram o Ford Corcel GT, um filhote de Maverick, e o Dodge 1800-SE, que tentava ser um Dart econômico.

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Dublê de Pontiac
  • A linha 1978 do Chevette apresentava nova frente, com grade bipartida que remetia, com algum esforço mental, aos Pontiac. O motor ganhava mais potência e o volante era novo; de resto, tudo velho. Esta nova “geração” também ganhava a opção GP, além do SL, que mantinha as velhas e feias faixas laterais.

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  • Para 1979, vinha o Chevette quatro portas, que além do estilo muito feio, possuía opção de estofamento vermelho... O modelo era comum no Acre. Também surgiu o Chevette Jeans, com jeans de verdade nos bancos e nas portas. Naquele ano, foi lançado também o Chevette hatch, mais prático e mais feio (poderia ser um dublê dos carros da AMC).

  • Em 1980 o Chevette Hatch ganhava a versão esportiva S/R, com motor novo (1.6). 

  • No ano de 1981 chegava a perua Marajó, ainda muito utilizada por pedreiros atualmente.

  • Já em 1982 chegava o modelo "Monzinha", uma reestilização que o acompanharia até o fim de sua carreira. Embora o visual estivesse mais alinhado com os anos 1980, só naquele ano ganhava os quebra-ventos, e a lateral era a mesma do modelo 1973. 

  • Em 1985 o Chevette podia ser equipado com câmbio automático 

  • A partir de 1986 ele podia vir com ar-condicionado (claramente gambiarrado).

  • Em 1990, o Chevette passou a ter apenas a versão DL, no lugar dar SE e SL/E. 

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  • Em 1992 ganhou a triste versão Junior, rendendo-se à tendência dos 1.0 iniciada pelo Mille, que aproveitavam para depenar os carros e ainda cobravam muito caro, por conta da exorbitante inflação da época. Seu desempenho era impressionante, ele levava apenas duas horas pra atingir sua velocidade máxima de 30 km/h!

  • Seu fim foi decretado em 1993, sendo substituido pelo Corsa em 1994.

Hoje, apenas entusiastas, pilotos de fuga e pessoas que não teriam condições de manter nenhum outro carro possuem um Chevette na garagem.


Perfil dos donos
Vauxhall Chevette burnout...Inglaterra
Utilização comum de um Chevettera Hatch


Normalmente os proprietários de Chevettes gostam de rap e funk, e são indivíduos rebeldes: muitos colocam grandes adesivos nos vidros, além de insulfilm lacrado no G5. Não contentes, utilizam também adesivos com frases como: "Se Deus vier, que venha armado", "Aqui dentro só anda avião...", e se organizam em "clubes" como o 'Clube do Chevette', 'Cheveteiros de Votuporanga', 'Só Chevetão'... São os portadores de Oakley que preferem andar com algo que eles conseguem manter.
  • 854% utilizam truques para o Chevette continuar na ativa, que geralmente são:

- Amarrar as portas e tampas com arame
- Colocar plástico no vidro que caiu
- Fixar o pedal quebrado com fita adesiva
- Fazer uma gambiarra para manter o conjunto elétrico funcionando
- Chutar a lataria para o motor pegar
- Prender o toca-fitas com chave de fenda
- Jogar o banco traseiro na garagem para aliviar peso
- Isolar vazamentos com corda de amarrar tênis
- Colocar radiador de ar-condicionado domiciliar
- Usar uma garrafa de Dolly como tanque de combustível
  • 82% se arrependeu de ter comprado e luta para passar para frente

  • 76% se esqueceu de que ano é seu Chevette

  • 69% socou o Chevette cortando as molas, fazendo as rodas adquirirem cambagem positiva a 60°

  • 64% "tunnaram" seus "poçantes" após assistir Velozes e Furiosos

  • 58% são adeptos do "drift de rua", se é que me entendem...

  • 49% deu de entrada uma "bicicreta" Caloi Barra Forte

  • 2% são fodalhões que deixaram seus Chevettes impecáveis

  • 1% possui internet para ler estas Verdades

Verdades
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Mais uma lata de lixo que perambula o Brasil, um raro modelo 4p xunado
  • O Chevette tem um defeito crônico de possuir a direção ligeiramente deslocada para a esquerda. Nada que seu mecânico, ou que você mesmo, não possa resolver... Este defeito foi herdado pelo Corsa B e pelo Celta, provando como a GMB é moderna e atualizada.

  • O Celta possui encostos de cabeça frontais costurados em homenagem ao Chevette.

  • Uma bicicleta mais refinada custa o preço de um Chevette.

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Chevettera DUB
  • Chevette e rodas "esfiha” são companheiros inseparáveis. Diversos outros modelos de roda, igualmente ridículos (roda “gaúcha” da Brasília Amarela, Cruz de Malta ou do Fusca, sem falar nas inúmeras calotas), são aplicados. Alguns se arriscam até na roda do Astrassauro SS.

  • Outros manolos aplicam com sucesso em suas Chevetteras rodas de Astra GSi ou as clássicas Acapulco.

  • Se para você LED é coisa de Audi para cima, saiba que o Chevette tinha dois já em 1986: um verde para indicar consumo normal (apenas Chuck Norris, se tivesse um, conseguiria deixá-lo aceso) e um vermelho, para consumo alto.

  • Dizem que se você tiver carro, você fica mais boni$$to para as gatinhas, mas a regra não se aplica se o carro em questão for um Chevette.

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Estado da maioria dos Chevettes atuais
  • Por ser um carro barato, simples, leve e de tração traseira, o Chevette é considerado o Corolla GT-S AE86 (também conhecido como Sprinter Trueno) brasileiro.

  • Muitos donos de Chevette, vide Edwilson Brasilino, enjambram motor de Opala. São tantos os casos que já existe o nome informal “Chepala” para designar estes afuderosos carrinhos.

  • Devido à tração traseira e por ser um carrinho que não vale muito, o Chevette é um dos carros favoritos em shows de manolices burnout

  • O Chevette aceita qualquer motor! AP, 2.5 ou 4.1 de Opala, V6 4.3, V8... Pode enfiar o que quiser ali que o bixo guenta!

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Chevette conversível – rigidez péssima, capota que infiltra água…
  • Apesar de ficar pesado e péssimo de controlar, os Chepalas 6 canecos são imbatíveis nos rachas, dando trabalho pra Gol e Fusca AP turbo e até mesmo pra seu irmão Opala.

  • Lembra da queda do muro de Berlim, em que as pessoas do lado oriental andavam nos velhos Trabant e quando “descobriram” os modelos mais refinados, abandonavam os antigos carros? No Brasil ocorreu o mesmo, mas o carro era o Chevette e o evento foi a abertura das importações...

Carlos Cunha
Todo dono de Chevette acha que consegue fazer isto.
Sugestao de Jonathan Dalpiaz
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