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Monday, August 29, 2011

Verdades sobre o Ford Fiesta

03-ken-block-fiesta-monster-girls Defeito neste Fiesta? Vou procurar. Já volto!


Ford Fiesta é um lixo carro fabricado desde 1976 na Europa; começou a ser comercializado no Brasil nos anos 1990 e com o tempo perdeu mercado; em 2002, com a nova geração, deu a volta por cima e se mantem firme e forte com mais plásticas que a Hebe, acompanhado do (este sim) New Fiesta.


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O original já não era bonito…


A primeira geração a ser oferecida no Braçil, em fevereiro de 1995, era a terceira européia, lançada em 1989. Por conta da sua importação tardia, este já nasceu micado. Esta geração era trazida da Espanha e tinha o motor Cuduro Endura 1.3, além de um visual nada interessante (e que parecia ter parentesco com o Del Rey…), ainda mais frente ao Corsa Wind e ao Gol Bolinha. Foi um fracasso tão grande que nem chegou a substituir o Escort Hobby, mantido para competir no segmento “popular”.


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Eu também me assustei…


Já no começo de 1996 chegava a “segunda” geração, com design discutível (inspirada nos testículos ovos) e motores Endura-E 1.0 EFI, 1.3 EFI e 1.4 SE 16V EFI, sendo que este último pregava uma grande peça em seus propriotários, por não aceitar retífica (na verdade, até existe, mas ultrapassa o valor do carro). Como a Ford não dá assistência a quem precisa continuar utilizando o motor, geralmente os donos têm que se virar perguntando o que fazer no Yahoo! Respostas…


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Em 1997 chegou a versão picape, a Courier. A Ford apresentou em 1999 um “novo” Fiesta, que não passava de um tapinha no velho. A frente falhou miseravelmente em imitar os então novíssimos Ka e Focus, e voltou a usar os piscas laranjas, que já tinham sido abandonados na maioria dos concorrentes. Ainda assim, o tal "Fiesta Gatinho" ficou consideravelmente mais engolível do que o modelo anterior, o "Tristonho",  que realmente era uma tristeza que só.


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Sem falar que a lateral era a mesma, e só o logotipo mudou na traseira. Ao menos dois novos motores da linha ZéasTeca surgiam: o 1.0 e o 1.6, que se mantêm até hoje. Alguns anos mais tarde, em 2001, surgia a variação sedan, trazido do México numa época que ainda não havia isenção de imposto de importação para produtos oriundos daquele país. Pra piorar, o carro só vinha na configuração 1.6 completa, deixando seu preço nas alturas.


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Ainda em 2001 o Fiesta era lançado em nova geração na Europa (acima). O modelo brasileiro, lançado em meados de 2002, parecia bem adaptado ao gosto brasileiro: fabricado na Bahia, com visual externo mais bonito, interior empobrecido e motor 1.0 só para variar. Mas este tinha opção de Supercharger (abaixo), que aumentava mais o barulho e o consumo que o desempenho de fato. Como a VW fez questão de exaltar (numa propaganda de época do Gol Turbo, que por sinal foi banida), o Supercharger tinha tecnologia de geladeira.


Um dos destaques do então Novo Fiesta 2002 era o acabamento descartável, que assim como o EcoSport formava aquela escola de samba ambulante, mas foi melhorando com o tempo. A boa dirigibilidade, uma das características do modelo antigo, porém, foi mantida e continua sendo um dos pontos fortes do Fiesta até hoje, mesmo já envelhecido.


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Só o compressor custava 15% do valor do carro


Interessante que, no começo, só o Supercharger podia ter rodas de liga leve, grade superior parcialmente pintada e faróis de neblina, enquanto o 1.6 não tinha os itens nem como opcional. O modelo 1.0 aspirado nem merece ser citado, pois era bom no Ka, mas não em um hatch muito mais pesado, e junto com o Corsa, o Palio e o Kangoo, integrava a tropa de carros mil mais mancos do Brasil. E esta geração do Fiesta pode apresentar problemas na embreagem, que parece ser subdimensionada para o carro.


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Vão-livre maldito!


Mas, juntamente com o EcoSport, virou sucesso no Brasil, especialmente pelo tamanho maior em relação ao antecessor, pelo design New Edge e, claro, pelos feirões de fábrica com a propaganda dos bichinhos de pelúcia.


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Fiesta Sedan naturalmente rebaixado


Em 2004 chegou o modelo Sedan e o motor 1.6 Fléquis, um ano depois de Fiat, GM e VW. As versões perua/minivan e picape, previstas na época, não sairam do papel. E se o 1.0 já era ruim no hatch, no sedan então era um sofrimento, possivelmente o carro mais lento do país. Hoje ainda existe Fiesta Sedan 1.0, mas este responde por apenas 2% das vendas, único caso de versão 1.0 que vende menos.


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Para a linha 2008 (que, diga-se de passagem, estreou em janeiro de 2007), o Fiesta passou por uma reestilização que tornou sua frente quadrada, mas ainda assim melhorou o aspecto do carro e tirou o cansaço por algum tempo. A traseira mudou ligeiramente no hatch, com novas lanternas e para-choque. No sedan, absolutamente nada mudou na traseira. A versão Trail, antes veiculada em kits nas concessionárias, se tornou versão de série.


Ford Motor Companhy Brasil<br />Novo Ford Fiesta 2011 - Modelos Hatch e Sedan<br />Abril/2010
OK, este é montagem, mas existem muitos desse jeito aí, modelos 2010 e 2011


Em 2010 chegou a segunda reestilização na mesma carroceria de 2002, ainda mais pavorosa. A frente, que antes era quadrada, passou a ficar totalmente redonda, ganhou um bocão ao estilo Kinetic, faróis com lente em forma de bolha cujo desenho aproveita o recorte do mesmo capô de antes, deixando uma pontinha nos faróis. A grade superior virou um friso e a moldura dos faróis de neblina ganharam um aspecto tunnado. O sedan ganhou novas lanternas, que imitavam às do velho Fusion (cópia muito mal feita, por sinal). Mesmo sendo controversa, a reestilização logo surtiu efeito nas vendas e caiu no gosto do povo.


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Que coisa, não?


Em 2010 chegou o New Fiesta Sedan SE, e em breve o mercado terá o modelo hatchback desta nova geração, lançada em 2008 na Europa. Entretanto, o novo sedan, apesar do design super bem elaborado, passou longe de alcançar o sucesso de concorrentes como City e Cerato. Talvez o fato de ter uma única versão (pra não matar o Focus Sedan, que apesar de superior sempre vendeu mal), com cara de básico (vem com um tampão no lugar do farol de neblina e rodinhas 15" chochas), explique o fracasso. Ele pode ter sete airbags, mas de série não há nenhum. Freios ABS e bancos de couro também são opcionais.



Outros apontam o nome Fiesta como razão das baixas vendas, já que esse nome remete ao modelo nacional, muito mais simples. Porém, se viesse com outro nome seria desonesto por parte da Ford, já que por mais evoluido que o carro seja, na Europa ele é um Fiesta. Uma pena que não acertaram na estratégia, pois é um excelente carro.


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Donos
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  • Todo dono de Fiesta adora pagar de gostosão, mesmo quando o carro não é dele

  • Eles não retirar os plásticos dos bancos para que fiquem sempre limpos e novos e para fingir que o carro é novo

  • Nos feirões de fábrica, os interessados no Fiesta querem o carro parcelado em 84 vezes, exigem que seja sem entrada, e ainda pedem desconto

  • O CD Player de um dono de Fiesta toca rádio AM/FM, CD e, mais raramente, tem entrada USB (o que não vale a pena, pois só escutam Calcinha Preta, Gaiola das Popozudas ou os flashbacks dos anos 1980)

  • Quando não querem inve$tir no tuning, mandam cortas as molas, pensando que ganharão potência e estilo

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O que todo dono de Fiesta acha que tem
  • Os donos de Fiesta compram pneus remold e rodam até depois de ficarem carecas

  • Eles chamam o carro de "Pelo Menos", pois pelo menos não estão andando de busão

  • Entre os donos de Fiesta também estão os universiotários, que ganharam um Fiesta como prêmio de consolação por ter entrado numa faculdade particular qualquer

Versões
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Street: O modelo estreou em 2000 trazendo de série nada além do estritamente necessário para andar. As rodas não tinham calotas, os parachoques não tinham pintura, o motor era 1.0 e faltava até mesmo um simples quebra-sol para o passageiro. Depois da chegada do "New Edge", o Street ficou menos pobre e sobreviveu até 2006 como uma opção pra quem preferia um acabamento mais digno em vez de um design mais moderno. 
GL: Logo acima do limite de pobreza imposto pelo primeiro Street.
GLX: Modelo completo até a chegada do Fiesta 2002.


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Class: Versão mais equipada do Fiesta “tristonho”, era uma série especial e passou a ser versão de produção. Depois da reestilização de 1999 houve a versão GL Class, e hoje é um pacote de opcionais que agrega os itens básicos de sobrevivência (ar-condicionado, direção hidráulica e vidros elétricos).


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Sport: Surgiu em 2000 e era limitado a 1000 unidades. Nada mais era que uma roupagem “esportiva”, com cor vermelha, grade de galinheiro, podre-kit e rodinhas que imitavam as do Focus Ghia (que por sua vez imitavam as do Del Rey). Tinha motor 1.6 ou.. 1.0.
Personnalité: Nome chique, mas poderia ser “Peladé”, já que era o mais pé-rapado da história do Fiesta (mais que o Street), pois era o modelo baiano com motor 1.0. Os primeiros vinham sem calotas.


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Fail Trail: A Ford revidou contra o CrossFox em 2005 com esta versão off-road light. Primeiro era um kit, com direito a parachoques cinza escuro, e em 2007 passou a ser modelo de série, pra atender quem queria um EcoSport mais não podia. A suspensão e os pneus era o mesmo de qualquer Fiesta.
Fly: Opção de acabamento mais rústica da atual linha Fiesta.
Pulse: Modelo pouco mais refinado que o Fly, que agrega detalhes pintados na cor da carroceria, calotas mais bonitas e acabamento diferenciado.


Verdades
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Isso não é um Fiesta!
  • O Fiesta ganhou um clone feito pela Mazda, o 121, que depois se tornou o Mazda2. Antigamente, a cópia era mais descarado; hoje, esses carros possuem design exterior e interior distintos

  • O Fiesta foi projetado pra custar o mais barato possível, mas o pessoal da Ford não soube fazer as contas e deu tudo errado

  • Mesmo 0km, alguns Fiesta já caem nas mãos de manolos funkeiros, que cansaram da manutenção cara dos ostentadores hatches médios usados

  • Os parachoques do Fiesta são feitos de casca de ovo, não é raro ver modelos com apenas 2 ou 3 anos de uso com parachoques todos fudidos

  • O Fiesta possui um "spoiler" de borracha na parte inferior do para-choque, improviso para melhorar a aerodinâmica. Nos modelos até 2007, essa borracha fazia tanta diferença que um carro sem isso parecia estar "banguela"

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É tudo improviso
  • O Fiesta 1.0 Supercharger, alem de fraco e beberrão, quebra com facilidade e vibrava demais, mas o barulho empolgava os manos

  • Não se sabe o que faz mais barulho: o motor do Fiesta ou o acabamento interno que range no chão do Braçil

  • O Fiesta tem uma das melhores dirigibilidades entre os hatches

  • O New Fiesta vem com pneus chineses, então não se espante caso ele rasgue numa curva a 110 km/h 

  • Aliás, o New Fiesta não tem protetor de cárter, farol de neblina, ESP, e não sobe os vidros quando se liga o alarme. Resta saber porque ele custa R$ 55 mil

Sugestão de Rafael GBR
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