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Friday, September 9, 2011

Verdades sobre o Chevrolet Opala

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E isso aí, como anda?



"Carro de malandro, carro de malandro, carro de malandro intima quando vira a quina!"

Tribo da periferia sobre Opala



"Ali é carro de malandro, pega, pega, ó lá, quem é?"

Polícia sobre Opala



"Eu tenho medo!" 

Chuck Norris a respeito do Opala



"Melhor carro já fabricado no Brasil! Hoje em dia só fazem lixo descartável!"

Opaleiro sobre Opala



"Poor guys..."

Americano dono de qualquer Chevy V8 Big Block sobre Opaleiros



"Sou foda, de Opala te esculacho, você só vê o rastro..."

Os Avassaladores sobre Opala



"Essas barcas velhas e poluidoras são um crime ambiental!"

Greenpeace sobre Opala



"Cem vezes mais probabilidade de ser parado em uma blitz do que com qualquer outro carro"

Qualquer estatístico sobre Opala



"O Opala desafia a Matemática, pois prova que 6 é maior que 8" 

Gauss sobre Opala



"Vários Opalas, mó carreata, e eu logo atrás da primeira barca diplomata"

Mano Brown sobre Opala



"Tô dirigindo ali no volante, Opala cinza escuro, 2Pac no alto-falante"

Racionais sobre Opala



"Opala: isso sim é carro de cabra hômi!!1"

Jeremias sobre Opala



"Era um Opala 71 azul... Tô de rolê na quebrada..."

Música de Rap sobre Opala



"Não é muito confiável"

Dono de Opala sobre a transmissão de seu carro



"O que seria dele sem mim?"

Webber 40 sobre Opala 4100



"PORRA! De novo?!"

APzeiro indignado sobre Opala deixando seu Gol pra trás



"PORRA! De novo?!"

Frentista sobre as constantes visitas do Opala ao posto



"Carro de fresco!"

Opaleiro sobre Ford Maverick



"Meu carro é mais foda!"

Dodgeiro poser sobre seu Charger R/T



"E só pesa uns 93487638 kg a mais, excelente pra arrancada!"

Opaleiro sobre frase acima



"...Din-din-don, o rap é o som, que emana no Opala mar-rom..." 

Música do Racionais que fala do Opalão





Chevrolet Opala é um vovozão carro baseado no Opel Rekord e foi lançado no Braçil em 1968. O modelo foi o primeiro carro de passeio da Chevrolet produzido em terras brasilinas e se manteve em linha durante 24 anos (número que ironicamente contrasta com a virilidade do Opalão), com poucas – mas importantes – alterações. E marcou a vida de muita gente – depois, marcou a vida de muitos manolos.


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Naquele ano de 1968, em que a ditadura militar completava quatro anos e surgiam as mini-saias, os concorrentes do Opala eram Aero-Willys, Simca Chambord... Portanto, todos já defasados. Não foi difícil conquistar o público com a então modernidade do projeto e o conforto oferecido para até 6 pessoas (o banco dianteiro era inteiriço). Havia duas versões, a básica e a De Luxo, ambas com duas opções de motores: 2500 de 4 cilindros e apenas 80 potrinhos, e 3800 de 6 cil., sendo que este último, com 125 cv (para a época, uma cavalaria suficiente) era um dos carros nacionais mais rápidos do mercado (também pudera, naquela época só tinha meia dúzia de carros de passeio).



Opala SS tuning



A partir de 1970 a linha Opala começou a se diversificar, com o lançamento das versões Gran Luxo e SS (Separated Seats ou Super Sport, até hoje se discute qual o significado real desta sigla). No mesmo ano o "seis caneco" aumentou seu deslocamento para 4100. Em 1971 chegava a carroceria cupê e em 1975 a perua Caravan. No ano de 1973, o motor de 4 cilindros passou por modificações, reduzindo um pouco a capacidade cúbica (153 pra 151), porém elevando a potência para 90 cv. Observe que apesar de bruto, a potência específica (cv/l) do Opala sempre foi péssima...



Em 1976, o Opala SS estreava o afuderoso motor 250-S, com a então expressiva potência de 153 cv, para brigar com Ford Maverick GT e Dodge Charger R/T. Seus rivais eram V8, mas pode-se dizer que o Opala é dono de um carisma único (Maveckeiros e Dodgeiros certamente vão discordar). Porém, já naquela época, o Opala tinha sua versão pseudo-esportiva, no caso o SS-4, com motor 151-S de parcos 98 cv. Em 1978 a Caravosa também ganhou versão SS, com opção tanto do 151-S quanto do 250-S.



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Em 1975 o Opala passou por sua primeira reestilização mais profunda, ganhando lanternas redondas semelhantes às do Impala, mas a grade quadripartida lembrava os carros da Dodge. A versão Comodoro estreava como top de linha, no lugar da Gran Luxo. A grande maioria dos Opaleiros considera que a década de 1970 foi a melhor para o Opala.



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Opalão “vermelho bonanza” pronto para o ataque


Na década seguinte, percebia-se que o Opala começara a fazer hora extra, mas seu carisma junto ao público continuava em alta e GM fez o que pode para mantê-lo atualizado. Em 1980 a barca sofreu uma reestilização extensa, recebendo uma frente “moderna”, leia-se quadradona, que acabou com o estilo clássico do Opalão. No mesmo ano o SS saia de linha e chegava a luxuosa versão Diplomata, sempre entre os carros mais caros produzidos no Brasil. Com o fim dos Dodge e Galaxie V8, o Opala passava a ser o único nacional de luxo a oferecer um motor que não fosse de quatro cilindros.



Para 1981 o visual era mantido, mas o painel mudava completamente. Com o lançamento do Monza, o Opala perdeu seus atrativos. O modelo menor tinha, por exemplo, opção de vidros elétricos, ainda não disponíveis no Opala. A solução veio com a renovada linha 1985, com um visual ainda mais anos 80, incorporando faróis de longo alcance junto aos principais, molduras laterais que acompanhavam os parachoques, maçanetas retangulares e falsas saídas de ar na coluna traseira.



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Também na década de 1980, o Opala passou a ser o carro da Stock Car. Se o motor era muito mais potente, a carroceria de fibra de vidro era absurdamente ridícula e pesava mais que a própria estrutura do carro.



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A pesada plástica de fibra de vidro não chegava a esconder que era um velho Opala


Já envelhecido, o Opala era bastante utilizado como carro de frota. O sedan serviu como táxi, viatura de polícia e até mesmo como carro presidencial, enquanto a perua Caravan era utilizada como ambulância e carro do corpo de bombeiros. Em 1988, o modelo passava por uma nova reestilização, a frente copiou a do Monza, enquanto a traseira era só lanternas. O cupê saia de linha, mas tanto o sedan quanto a Caravan ainda tiveram discretas melhorias em seus últimos anos de existência. Em 1991, o retoque final, que trouxe parachoques envolventes, retrovisores embutidos, setas incolores e eliminou o quebra vento. Em 1992 a série Collectors anunciou o fim do saudoso Opala, que cedeu lugar ao Omega.



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Perfil dos donos


Opaleiro só troca seu Opala por outro Opala, e toda vez que alguém impede ação do Greenpeace, pode ter certeza absoluta que é Opaleiro! É comum eles terem ódio mortal por xuneiros. Mas até aí, quem não odeia xuneiros?? Quem anda de Opala 2.5 acha que é fodão, mas evita qualquer pega por saber que não vence nem um Uno 1.5R na saída do semáforo. Normalmente eles dizem que vão enjambrar o motor 4.1, mas nunca sobra grana.



Se o Opala estiver em ótimas condições de lataria, interior e mecânica, o dono recebeu o carro de herança, pois normalmente quem tem um 2.5 está todo fodido (ou seja, comprou porque não pegava ninguém por andar de ônibus...). Pior é que alguns colocam adesivos esportivos para disfarçar a ferrugem na carroceria ou colocam som (desses que a gente encontra nos supermercados), isso quando sobra grana do Bolsa Família.


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Opala 2.5


Vale lembrar que os donos de Opala 2.5, a não ser que sejam colecionadores, são odiados até pelas minas que almejavam pegar. Já os donos de Opala 3800 ou 4.1 são os verdadeiros Opaleiros, com seus carros reluzentes e sem gambiarras. Odeiam os donos de carros populares e os xunileiros, para eles, a escória da sociedade. A conseqüência de ter um Opala destes é se tornar figurinha conhecida dos frentistas de postos de gasolina. Até que eles conseguem pegar mulheres, mas só as da velha guarda – e a custo de muito Viagra... Geralmente duas pessoas estão em um Opala 3800/4100 – um saca o revólver, o outro dirige feito um animal.
  • 370% odeia Monza, Vectra, Astra, ou seja, todos os carros produzidos pela GM após o término das vendas do Opala em 1992

  • 232% choraram o fim de linha do Opala

  • 98% lavam o Opala todo dia

  • 87% tem mais ciúme do Opala que da mulher e da filha

  • 70% comprou no leilão de carros recuperados (leia-se feirão de fábrica Chevrolet)

  • 66% deixa de comprar cerveja para sobrar um trocado para encher o tanque do Opala

  • 41% prefere uma voltinha de Opala do que assistir a partida de futebol de seu time

  • 2% mantém-se fiel à GM – ou seja, quem teve um Opala Diplomata e passou por Omega CD, Vectra CD, Vectra Elite e, atualmente, deve ter um Malibu LTZ.

Verdades
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  • Só o motor 4.1, carinhosamente chamado de “seis caneco”, renderia uma história à parte. Começou sua carreira equipando alguns carros e utilitários da GM norte-americana a partir de 1962, e veio equipando o Opala no Brasil, ainda como 3800. Em 1970, este motor aumentou e passou a ser conhecido também como 250 (referência às polegadas cúbicas). O motorzão tinha tudo para morrer no Opala, mas com a parceria GM-Lotus, ele acabou sendo retrabalhado e passou a equipar o Omega em 1994, rebatizado como Powertech tec tec, mas rendendo apenas três pôneis malditos a mais que o 3.0 que possuía (168 cv contra 165 cv). O principal motivo da mudança foi a renovação do Omega no exterior; o motor europeu não caberia no brasileiro.

  • O "seis-caneco" era o único motor além dos VW a ar que tinha a moral de equipar alguns modelos fora de série, como o Puma GTB/S2 e o Santa Matilde. Até hoje o 4.1 é cobiçado por sua força aliada à robustez, principalmente entre os Chevetteiros.

  • Outros pontos fortes do 6 caneco é a facilidade de manutenção e preparação, tanto é que garotos de 15 anos conseguem fuçar num motor desses com uma mão só, enquanto a outra tá ocupada se masturbando.

  • Para quem tem outro carro, é muito estranho observar que o motor fazia o carro puxar para a direita em acelerações mais fortes. Aliás, recomendava-se andar com lastros no porta-malas, para o Opala não sair de traseira...

  • Muitos consideram o Opala um "muscle car", por ser um carro bruto de uma marca americana. Pena que ele não oferecia nenhum motor V8 e era derivado de um modelo alemão.

  • Os radares eletrônicos atuais não conseguem detectar os Opalas. E, se tiver estação de Polícia por perto, um guardinha de Blazer ou Hilux vai penar para alcançar o GM.

  • Uma vez tentaram medir o desempenho do Opala com Correvit: o sistema foi enganado pelo carro e mentiu todos os resultados!

  • O câmbio de cinco marchas do Opala, inovação para 1983, tinha uma marcha que não entrava direito. Adivinha qual era... E tudo por economia, pois a GM não quis investir em um anel metálico do conjunto, o que representaria um gasto real de US$ 2 a mais por carro... Detalhe: com a quinta marcha, alcançava apenas 4 km/h a mais sobre a quarta!

  • A Marajó de Pace Car da Fórmula 1 utilizava motor 250-S gambiarrado do Opala!

  • O Opala, junto do Chevette, é muito utilizado para shows de burnout, estuprando ainda mais o carro.

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Tentou juntar Opala e Camaro… deu esta grande merda. 
  • Todo Opaleiro concorda em um aspecto: Camaro é moda, Opala é foda.

  • APzeiros são os inimigos mortais dos Opaleiros.

  • Fusca AP Turbo é o terror dos Opaleiros nas pistas, pois também contam com tração traseira e aguentam preparações fortíssimas, com a vantagem de pesar centenas de quilos a menos que o GM.

  • Felizmente a fase de manolização do Opala já está diminuindo (os malandros estão migrando pro Omega), fazendo com que ele seja visto muito mais como clássico do que como caranga loka di fuga. Este fenômeno também faz surgir uma nova geração de Opaleiros, que se encantam com o GM só de ler sua história e ver modelos bem conservados.

Opaleiros também filosofam!
  • Um Bugatti Veyron tem 1001 cv, um Opalão tem 1001 Veyrons.

  • Na veia do Opaleiro, sangue não corre, tira racha.

  • Opala, orgulho dos mais velhos, suspiro das patricinhas e a ira da PM, dos playboy e dos apzeiros!

  • Os boys tem carro do ano. Nós temos o carro do século!!

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Novo Opala 2014, seguindo o conceito de downsizing



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