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Thursday, October 2, 2008

Elas Podem.........

Ansiedade. Foi o que mais sentia ao ver os dias passarem e perceber que estava a chegar o esperado momento vanglorioso de minha vida. De nossa vida.

Todos os problemas se uniram contra mim, era motorista que não queria levar a gente, era o trânsito que preocupava sicrano, eram as pessoas que gostariam de ir. Tudo desabou em minha cabeça nos últimos dias. E agora, como resolver? Ta legal, respira fundo, 1.2.3.4.5........No fim tudo dá certo, será?

Telefone. Acho que a conta virá imensa no final do mês. O quanto tive que usar dos meus artifícios verbais para conseguir um transporte, nossa! Que lição viu!
Mas vamos ao ponto, tudo acima, são problemas que me atormentaram momentos antes do show da minha banda Endometriose, em Salvador, no Festival Rock de Batom. Isso, muito bem, explicadinho agora!!??

Certo, liga para um, liga par outro. Nada, os dias passam, e nada. E você não sabe como reagir e o que falar para as pessoas que esperam uma resposta de você. Vamos ou não vamos, eis a questão!! Vamos, calma, vou conseguir, um dia antes, ás 20:30 eu consigo um contato permanente e confiável. Ó céus, isso é viver!

A viagem. No centro da sala estão reunidos todos. Guitarra, baixo, e fragmentos de bateria. Eu e Bruno para ir e voltar, ir e voltar. O calor infernal já começa a derreter a opacidade da minha pele. Enfim, eis o trabalho de roadie enquanto não chega o sucesso (vamos sonhar gente, sonhar é bom!!). Colocamos todos os instrumentos no carro e fomos a Praça da Getúlio Vargas, transportar as pessoas que faltavam. E eles esperavam desde 11:30. Sabe que horas nós chegamos? 13:00......Não me culpem, por favor!! Foi o motorista que não chegou no horário marcado! Ser humano é algo difícil de lhe dar, tem que ter muita paciência.


Viagem. Pôxa, eu queria ir no fundão, resenhando. Mas quem iria à frente? Vamos Bruno, vamos lá. Só escuto a esculhambação na parte de traz. Em homenagem ao Rock de Batom muito vermelho na boca das gurias! Bocas borradas, rouge, muito rouge! Gritos, pare, pare! Toma! Eis a brincadeira durante a viagem que fez com que chegássemos mais rápido. O tempo é cruel quando temos bons momentos.


Chegada. É ali! O Lampião! Lampião? Sim, esse é o nome do lugar onde tocaríamos daqui algumas horas. E nós somos as Marias Bonitas de Feira City. O lugar tinha uma cor estranha, era meio rosa, meio salmão, meio marrom, não sei definir. O espaço era o necessário para a quantidade de pessoas que nos prestigiariam. Ao lado do palco, mesas com cds, artesanato, um painel para ser preenchido com a criatividade da grafite girl. Do lado oposto, mais mesas. Agora era para nós sentarmos. Mas fiquei sentada a viagem toda. Vou ao banheiro dar uma olhadinha. É tudo limpinho. Legal, gostei, porque não tem coisa pior que você chegar num lugar e ter um presente esperando por você. Já criei várias teorias para isso. A primeira: será que as pessoas têm nojo de puxar a cordinha da descarga? Será que elas acham que vão ser infectadas se tocarem ali? Não, elas deixam de sacanagem mesmo. Última. Será que consideram aquilo parte do seu corpo e não tem coragem de mandar ralo abaixo? Não sei. Pode ser qualquer uma mais detesto todas! Porém, para a minha felicidade, não achei nada!!! E fiz o que a natureza desejava fazer!!

Show. Vamos passar o som. Nada estava pronto ainda, ficamos um tempão no palco esperando tudo estar certinho para tocarmos. Passa o bumbo. Passa a caixa. Passa o baixo. Passa a guitarra...etc.etc.etc. “O som está perfeito” Ouço o comentário lá de baixo. Então vocês vão tocar agora? Não, nós somos a segunda banda. Opa. Um erro. Era para a primeira banda passar o som. Vocês não querem tocar agora não? Pode ser que depois o som não fique tão bonito. Mas agora? Já? Acabamos de chegar. Hum....não sei, queria que tivessem mais pessoas para presenciar o nosso esforço. Não, tocaremos mais tarde. Essa foi a decisão final. E as meninas da Preáz subiram no palco. Esqueci de contar que meu baixo deu defeito inúmeras vezes mas só depois fomos descobrir que era defeito do retorno e não do meu baixo. Eu já estava ficando nervosa demais e ainda com esse problema. Ainda bem que tudo deu certo no final e pude tocar com ele.


Preáz. Banda composta só por meninas, fazem um rock’n’roll inspirado em fatos do cotidiano. Adorei o som delas, fiquei ali em baixo curtindo o tempo todo. Elas tocaram muse, queens of the stone age, alanis. E as músicas próprias também eram bem legais. Fiquei super feliz de ver uma outra banda feminina tocando tão bem. Elas mostraram o que sabem fazer. E nós adoramos. Além do que, depois a conhecemos e a achamos super fofas. Simpáticas e lindas.



Endometriose. Eis o momento esperado. Subimos no palco. É agora gente! O nosso sonho se realizando. Aquele jogo de luz que era o sonho da minha vida. O som perfeito. Tudo está indo tão bem. Se um dia tudo der errado pelo menos terei a lembrança do show mais bonito e bem organizado da minha vida. O Rock de Batom em Salvador. Antes de começar uma entrevista para saber quais os objetivos da banda. “Somos feministas. Estamos aqui para mostrar que as mulheres podem fazer igual ou melhor que os homens. Lutamos pelos direitos das mulheres, e através da música tentamos mostrar o quanto sofremos no cotidiano”. Essas foram as minhas palavras diante da platéia que aguardava ouvir o nosso som atenciosamente “Com vocês: ENDOMETRIOSE“. Sim, esse era um show de verdade. Começamos com ela Rebel Girl do Bikini Kill. E daí pra frente, foram os minutos mais prazerosos de que eu já degustei.


Final. Sim, elogios, aplausos. E o famoso “Mais um, mais um”. Como eu queria que viver de música. Como eu queria viver aquele momento mais algumas vezes.


Enfim, em Feira. Novamente, o paradeiro (de parar) musical.


Obs: Esse texto pode ter muitos errinhos porque não dei uma revisada foi mais euforia do momento.


Obrigada
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