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Tuesday, October 7, 2008

Eu não aceito e eu me importo !!





As novelas cada vez mais surpreendem a minha pessoa. É notável que muitos tipos de preconceitos estejam sendo amenizados através de alguns personagens. Entretanto a mulher continua a ser a vilã má, a Eva que acabou com a paz da humanidade.

Hoje, na novela A favorita, a personagem Lorena fica sabendo sobre o relacionamento extraconjugal existente entre seu marido Átila e sua irmã Cida. A questão não é quem está errado e quem está certo, o que vou expor aqui, é uma análise a cerca do machismo presente na novela.

Quando a personagem Lorena vai conversar com sua mãe esta lhe fala “ Filha sua irmã vai embora e tudo vai voltar ao normal. Homem é assim mesmo, tem a carne fraca.” . O interessante nestas palavras é que o marido foi corrompido pelo desejo pecaminoso da cunhada. Porém não é levada em conta que Cida (a irmã) também tem desejos e que a carne é tão fraca quanto à do homem posto em questão.

O que a novela está querendo transmitir com isso tudo? Você mulher, se passar por uma situação desse tipo, não abandone o seu marido, perdoe-o, pois ele não teve culpa, ele não pensa, não tem reação, é um animal que não agüenta os prazeres que a vida lhes oferece. Vai com ânsia a qualquer material bem desejado.

A mulher que lhe traiu? Não a perdoe, és uma traidora, pois ela tinha que resistir aos desejos, a mulher foi feita para isso. E ela se deixou entregar. Mesmo que essa seja sua irmã, ela não “vale nada”, a culpa é somente dela.


Por que isso? Por que essa necessidade de expor uma falsa verdade? Não me conformo com isso. Nós mulheres sentimos os mesmos desejos. Não é só o homem que sente prazer, que olha para o lado quando se sente atraído. Nós também sentimos!!! Nós também temos necessidades físicas e emocionais. Quem foi o ímbecil que disse que não sentimos vontade de fazer sexo? Sentimos sim! Isso é real. Quantas Cidas existem por aí? Milhares! Não estou justificando o fato da traição, mas ela é também um ser humano, não deve ser humilhada pelo fato de ser mulher, se alguém tem culpa neste caso são os dois, e não só ela. Todos dois sentiram atração, e juro que ninguém força nada a ninguém nestes casos. Todos têm o livre arbítrio e a consciência do que estão fazendo. Se não pensaram anteriormente, a culpa não é DELAS!!!!! E sim dos dois!!!!


O meu intuito aqui é registrar esse estereotipo e acabar com isso de uma vez por todas. Imaginem que nem a mãe da própria Cida ouviu-lhe, que esta foi tão incorreta que não merecia nem o consolo de seus pais. E eu fiquei me perguntando, que tipo de mãe é aquela? Por mais que a filha tenha errado há espaço para diálogo sempre, mas nem isso foi possível. Pobres Cidas. Pobres Cidas....
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