Será que o dono realmente reboca?
O engate é um mecanismo que permite ao motorista acoplar um reboque em seu automóvel, comumente utilizado em jipes, caminhões, picapes e outros utilitários: é uma “mão na roda” para transportar cargas grandes e/ou pesadas, sem falar que pode auxiliar carros impossibilitados de trafegar.
Mas, desde a década de 1990, o engate também foi se popularizando entre modelos de passeio. Existem aqueles que realmente necessitam dele, é fato. Mas grande maioria compra o engate para servir como mero enfeite no para-choque traseiro (alguns deles ilegais, feitos em serralheiras).
Primeiramente, o engate não valoriza o carro como algumas pessoas podem pensar. E o visual do carro, que é o principal atrativo para quem busca instalar o engate, fica duvidoso e não compensa o que o engate pode trazer de ruim.
1 – Engate pode machucar os pedestres, por ser composto de metal, e são raros os modelos escamoteáveis ou removíveis, que custam o dobro. “Olhe por onde anda, então”, diria um dono de carro com engate. Ora, teremos que andar com a cabeça sempre voltada para o chão?
2 – Sem a devida manutenção o engate pode enferrujar ou trincar e não servir para um eventual reboque.
3 – O engate potencializa o dano em colisões, mesmo as mais fracas, por servir como um único ponto de apoio durante o contato com uma parede ou um carro. Mas o carro com engate não sai ileso, muito pelo contrário: peças localizadas próximas a ele, como a suspensão ou a longarina, podem ser danificadas. Para quem bate de frente num engate, os danos podem incluir até o radiador, sem falar nos faróis e no para-choque frontal.
Resumindo: o valor do engate não “retorna” para o usuário do carro se ele não o utilizar. Pode até parecer bonitão, mas é só. Não é item de segurança nem de conforto, machuca as pessoas, aumenta os danos em caso de acidente, não aumenta o valor do carro na revenda. Precisa dizer mais? Só no Brasil mesmo…
