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Wednesday, July 27, 2011

O efeito Lolita e a busca alucinada pela aparência de TV

Bruna Molz, princesa da Oktoberfest de Santa Cruz
do Sul (RS), aproveitou as férias escolares e o
inverno para colocar silicone aos 17 anos de idade
(Foto: Raul Zito / G1)

Cada vez mais novas, as adolescentes desejam modificar seus corpos e julho foi constatado o mês de maior índice de cirurgias no Brasil, com aumento de 50% na demanda, isto porque as férias escolares em alguns estados acontecem neste período.

Meninas de 12 a 17 anos, inconformadas com o tamanho dos próprios seios desejam por silicone. Alguns casos são explicados pelas formas de bullying sofridas. Quem não tem seios perceptíveis na fase em que a maioria das meninas da turma já tem algo aparecendo, sente-se diferente.  As piadas do tipo “você é toda reta” ou “despeitada” ganham força e auto-estima da garota só faz diminuir.

Quando cursava o terceiro ano, tinha várias amigas com este tipo de problema, quem “não tinha” seios usava sutiã de bojo, colocava algodão por dentro da camisa, tudo isso para mostrar um pouco mais de feminilidade.

E por que as meninas ficam tão preocupadas com o tamanho dos seios? Um estudo explica que desde crianças somos expostas a artistas de televisão, figuras que de certa forma impõem padrões.

 A minha referencia quando “menininha” era a Xuxa, loira, olhos azuis, magrinha, estilo Barbie, então de tanto admirar esse modelo, passei um tempo desejando ter a aparência semelhante, mas imagine você quem contrasta totalmente dessas características, como se sente? Um lixo não?

As cantoras também influenciam neste aspecto, e hoje temos conteúdos cada vez mais sexuais. Britney Spears, Rihanna, Lady Gaga, Beyoncé, qual dessas você nunca viu semi-vestida? Os clipes sempre trazem essas artistas com roupas curtíssimas, algo que estimula sexualmente os jovens.

Este outro modelo também é copiado por crianças e isto se torna perigoso porque crianças em busca de sexualidade começam a agir de forma diferenciada, com roupas estimulantes o que pode ocasionar conseqüências terríveis como estupro e pedofilia. 

A esse conjunto de atividades que desencadeiam o amadurecimento precoce das adolescentes chama-se “efeito Lolita”, denominação realizada por Meennakshi Durham, estudiosa do assunto que escreveu um livro de mesmo nome.

Claro, este texto não vem dizer o que as meninas devem vestir ou não, mas a forma como a sexualidade vem sendo apresentada aos jovens não é educativa, mas instigante. Com isso, o número de adolescentes grávidas vem aumentando e as doenças sexualmente transmissíveis não param de proliferar. Há muito estímulo e pouco conhecimento adequado para prevenir os males.

Outro problema, é que os próprios pais são vítimas do encantamento da TV, o homem acaba desejando a mulher padronizada e a mulher termina por copiar as artistas. Se os adultos que são exemplos, agem dessa forma, claro que não poderia ser diferente com os filhos.

Por isso, quando uma menina quer colocar silicone e tem uma mãe que colocou, os argumentos tornam-se injustificáveis, e ela pensa: “se minha mãe fez, por que eu não posso também?”.

As cirurgias deveriam existir para consertar algo que foi destruído e para salvar vidas, não para servir de máquina de dinheiro para as instituições e médicos, enquanto mulheres buscam loucamente ser o que não são.

Se a coisa não parar por aí, vamos ter cada vez mais seres uniformizados na Terra, com algum tipo de implantação porque ninguém está conformado com a aparência que tem e a verdadeira beleza que está nas diferenças passará a não mais existir.
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