Vectrera da Nasa – é de morrer!
"Você quis dizer: Astra"
Google sobre Vectra e Vectra GT
"É um Monza!"
Mecânico sobre a moderna linha de motores do Vectra
"Mas já voltou, doutor?"
Frentista sobre o ótimo consumo do Vectra
“Melhor carro do mundo!”
Dono de posto sobre Vectra Elite 2.4
“Se for para colocar gambiarra no mercado, eu preferiria o Monza mesmo.”
Motoboy ao saber do lançamento do “novo Vectra”
"Pago R$ 25.000"
Lojista para dono de Vectra Elite 2005, que na época custou R$ 90.000
"Vou trocar meu Monza num carrão desses!"
Pobre emergente sobre Vectra C
“Aí siiiiim”
Manolo ao ver o Vectra atual nas ruas
“‘Chevrolet Vectra’ redirects here. For the version of the car sold in Brazil since 2005, see Opel Astra. Not to be confused with Chevrolet Astro.”
Frase real da Wikipedia em inglês
“É a minha cara…”
Zé Bonitinho sobre Vectra
“Até que não é tão ruim...”
Você após fazer test-drive num Vectra GT no Hopi Hari
Um carro que já entrou para a história, o Chevrolet Vectra foi por muito tempo o sonho da classe média entre os anos 1990 e 2000. Já atingiu momentos deorgasmo glória; já conheceu o fundo do poço – e agora despede-se do mercado após 18 anos (um dia tinha que acabar, né...).
Um carro que já entrou para a história, o Chevrolet Vectra foi por muito tempo o sonho da classe média entre os anos 1990 e 2000. Já atingiu momentos de
Primeira Geração (1993-1996)
Os Vectra A originais estão acabando – o GSi do Luiz Fernando Wernz recebeu o certificado de aprovação do BA e da Quatro Rodas!
O Opel Vectra surgiu em 1988 na Europa, substituindo o Ascona (carro que deu origem ao Monza, que na época continuava bombando no Brasil). O novo sedan demorou bem mais para chegar ao nosso mercado, mais especificamente cinco anos depois (já com algumas modificações). A missão de substituir o Monza não deu certo (tanto que o Vectra A saiu de linha primeiro – O.o), mas ele garantiu seu espaço no mercado – e surpreendia pela aerodinâmica, pelo interior moderno e, no caso da versão GSi, pelo desempenho. Pena que o título de mais rápido do Brasil durou pouco – e foi tirado justo pelo Unolla Turbo... Até hoje, muita gente considera o GSi o melhor Vectra de todos os tempos.
Segunda Geração (1996-2005)
O Monza estava saindo de linha (isso porque a GM teve preguiça de instalar catalisador nele – não fosse por isto, estaria firme e forte [e com cara de Agile] até hoje!), o que fez a Chevrolet investir na recém-lançada segunda geração do Vectra em 1996. Mais do que bonito, ele ditou o estilo de todos os Chevrolet da segunda metade da década de 1990. Além de ser uma versão melhorada do anterior, ganhava sofisticação e segurança, com ABS e airbags duplos (ainda hoje a Fiat e a GM brigam para saber quem o lançou primeiro nos carros nacionais). No começo teve ágio – o sucesso é comparável ao do "New" Civic em 2006. Tudo era novidade, até os problemas – ainda em 1996 teve um recall.
Tem manolo que gosta desta roda…
Na época, o Vectra era oferecido nas versões GL (capa de Playboy, sem ar e conta-giros e com uma escandalosa roda de aço), GLBT GLS (intermediária) e CD (ainda hoje tem imbecis pensando que o nome vem porque o carro tinha CD Player – na verdade significa Comfort Diamond). O motor 2.0 podia ser 8V ou 16V, depois trocado pelo 2.2 (trocaram para render apenas dois pôneis malditos a mais...). E na mudança de 1999, mataram 10!
Vectra 2000, gostosa FAIL
O Vectra entrou nos anos 2000 cada vez mais cansado. E a nova geração na Europa (lançada em 2001) ficaria cara demais para o Brasil, pois tinha subido de categoria. Só de 2001 para 2002 as vendas caíram 55%. Sem ter soluções de renovação, o Vectra de segunda geração ficou em linha até 2005, com direito a uma versão Collection, que além da numeração, tinha o certificado de propriedade pelo resto da vida. Entre meados de 2002 a 2005, o Astrossauro sedan era quem cumpria o papel de sedan médio mais importante da marca, ganhando mais sofisticação na geração "Locomotiva", mas aí já é outra história, que a gente conta depois...
Terceira Geração (2005-2011)
O verdadeiro Vectra GLS, ou talvez GLBT
De qualquer forma, a Chevrolet não obteria êxito em fazer o Vectra europeu por aqui. Era um carro que concorria com Ford Mondeo e VW Passat. Assim, os então fãs do Astra (como eu) ficaram felizes com a “promoção” que o modelo teria, de ocupar o lugar do Vectra na sua futura geração.
Mas a GM decidiu enganar os consumidores: a terceira geração do Vectra, lançada em 2005 (muita gente comprou sem nem ao menos ver o carro), era um Astrão europeu com base mista do velho Astra e da Zafira (deve ser toda soldada...) e algumas peças da Meriva, ou seja, uma gambiarra de fábrica.
Os motores, alias, eram chegados no etanol: 2.0 8V (tecnicamente, o mesmo do Monza, com algumas modificações) e 2.4 16V, bebiam que era uma desgraça. Sem falar no câmbio de quatro marchasde carnaval, o mesmo dos carros da Opel – dos anos 1980.
Mas a GM decidiu enganar os consumidores: a terceira geração do Vectra, lançada em 2005 (muita gente comprou sem nem ao menos ver o carro), era um Astrão europeu com base mista do velho Astra e da Zafira (deve ser toda soldada...) e algumas peças da Meriva, ou seja, uma gambiarra de fábrica.
Os motores, alias, eram chegados no etanol: 2.0 8V (tecnicamente, o mesmo do Monza, com algumas modificações) e 2.4 16V, bebiam que era uma desgraça. Sem falar no câmbio de quatro marchas
Mesmo assim, o lançamento do então novo Vectra causou furor, se tornando imediatamente o carro da moda na época, assim como acontece com alguns Hyundai hoje. A versão top, Elite, chegou a ser vendida por R$ 90.000, fazendo crer que este concorria com as versões de entrada de VW Passat, Honda Accord e Peugeot 407. Para acabar com a festa da Chevrolet, em 2006 veio o "New" Civic, este sim um produto novo tanto no design quanto na "alma".
Desde então, o Vectra nunca mais sentiu o gostinho de ser o sedan mais vendido. Nos últimos anos, os taxistas passaram a ser 90% de seu público, especialmente após o lançamento da versão Taxpression, em 2007. Os emergentes fazem a festa com os modelos seminovos.
Desde então, o Vectra nunca mais sentiu o gostinho de ser o sedan mais vendido. Nos últimos anos, os taxistas passaram a ser 90% de seu público, especialmente após o lançamento da versão Taxpression, em 2007. Os emergentes fazem a festa com os modelos seminovos.
Em 2011 a Chevrolet anuncia o fim da trajetória do Vectra – pelo menos nesta última geração, não deixará muita saudade. A série Collection vem somente na cor verde e alguns detalhes para fazer o dono se sentir diante de um clássico (se o quesito for motor ou idade do projeto, a sensação é mesmo verdadeira).
É Vectra GT-X, FDP!
Que bosta.
Em 2007, a Chevrolet decidiu lançar o Astra europeu no Braçil (na época, se cogitava trazer o Astra GTC e a perua Astra Caravan). Mas, enrolando outra vez os braçileiros, pôs o nome de Vectra, e ainda por cima com sobrenome GT (Grande Trouxa, mas os manolos insistem que significa Grande Turbo), sendo que ele usava o mesmo motor de Monza. Para completar, a versão top tinha um sigla que os otários enchem o peito para dizerem e repetirem: Vectra GT-X (Grande Trouxa Xtreme), que de diferencial tinha só as rodas escuras, além do seguro "esportivo".
O carro atraiu os boys de vila, que estavam orfãos do Audi A3 e detestaram o Golf 4,5. No semáforo, eles tomavam benga até das minas de Celta 1.0, que eles tanto passaram a mão. Por sinal, o carro foi um fracasso retumbante de vendas (toma!!). Qual seria o mal da GM ter chamado o “Vectra GT” de Novo Astra, e o velho Astra de "Astra Classic"?
O carro atraiu os boys de vila, que estavam orfãos do Audi A3 e detestaram o Golf 4,5. No semáforo, eles tomavam benga até das minas de Celta 1.0, que eles tanto passaram a mão. Por sinal, o carro foi um fracasso retumbante de vendas (toma!!). Qual seria o mal da GM ter chamado o “Vectra GT” de Novo Astra, e o velho Astra de "Astra Classic"?
A queda de um ícone
À medida que os Vectra usados vinham barateando, era crescente o número de gente das classes D, E, F (até Z) adquirindo estes modelos – e fazendo uso que deixaria os ex-propriotários estarrecidos.
Putz, Novo Vectra Extreme? Quem comprou a revista certamente faleceu.
Verdades
- Mesmo quando a concessionária dava tanque cheio na compra de um Vectra zero-quilômetro, a gasolina acabava na terceira esquina.
- Os donos de Vectra subdividem-se entre vovôs e boyzinhos (não tem meio-termo), e compram pensando no IPVA, seguro e desvalorização ou no número de multas que irão colecionar.
- O Celta nada mais é do que um Vectra hatch de liso. E o Vectra GT é um Kadett de rico.
- Diz-se que a GM do Brasil chegou a prometer o motor 2.5 V6 do Vectra europeu para agradar os ex-proprietários de Omega e Opala, mas com a gasolixo daqui, os planos foram cancelados.
- O Tigra tem motor bem menor, mas deixa qualquer Vectra na poeira.
- No Monza, o 2.0 rendia bem mais, mas teve a potência declarada reduzida para se livrar da tributação…
- O computador de bordo sempre marcava entre 200 e 300°C e tinha uma imprecisão enorme quando media a velocidade (pelo menos não era visor de calculadora, mas chegava perto).
- Provavelmente 90% dos Vectra são comprados com isenções de impostos por deficientes físicos (ou não), já que todos estacionam em vagas de cadeirantes.
- Até hoje, a GMB nunca fez outro modelo mais potente que o antigo Vectra GSi, com seu excelente motor 2.0 16v de 150 cv, utilizado também no Calibra.
- A roda do Vectra Elite 2006 se tornou uma campeã de manolização, com réplicas do aro 13" ao 17" de 4 furos.
Ressureição do Vectra