Vettel + RBR = bi² por Rafael Lopes

A “equação” do título do post resume o que foi a temporada 2011 da Fórmula 1 e também o GP da Coreia do Sul, neste domingo no chatíssimo circuito de Yeongam. Mesmo com o título já garantido e sem conseguir a pole position, Sebastian Vettel resolveu partir para o ataque. Após largar do lado sujo, manteve a segunda posição na primeira curva, tentou atacar Lewis Hamilton no fim da segunda reta do circuito e conseguiu a ultrapassagem na terceira. Tudo isso na volta inicial. E a ousadia do alemão foi recompensada com uma corrida tranquila para ele, com a décima vitória no ano e com o bicampeonato do Mundial de Construtores para a RBR.





O domínio de Vettel foi impressionante. Ele venceu com louvor e está caminhando a passos largos para igualar o recorde de 13 triunfos em uma temporada obtido por Michael Schumacher em 2002. O melhor aproveitamento de pontos também está próximo e a marca de poles de Nigel Mansell pode ser perfeitamente batida em 2010. O alemão está fazendo história na categoria. E não é só por causa do carro. Insisto: onde está Mark Webber com o mesmo carro? O australiano até andou bem em Yeongam, mas ficou só com a terceira posição. Nem para a briga do vice ele está bem. É fato que Vettel consegue tirar algo a mais do RB7. Vimos um exemplo na Coreia.

Apesar do domínio de Vettel e da péssima pista em Yeongam, a corrida não foi monótona. A primeira volta foi uma das melhores da temporada, com todos os primeiros colocados trocando de posição alucinadamente. Mas o duelo da prova envolveu Lewis Hamilton e Mark Webber. Os dois fizeram curvas lado a lado em várias voltas, dividiram freadas, se ultrapassaram. Tudo isso sem um pneu furado, asa quebrada ou um rival fora da prova. Para quem não sabe, o nome disso é AGRESSIVIDADE, ARROJO ou AUDÁCIA. Dá para agir dessa forma sem desrespeitar o adversário. Hamilton e Webber merecem muitos aplausos pela bela disputa. Sensacional!



Apesar de uma tentativa de disputa com Webber no fim, o mais apagado dos primeiros colocados foi, sem dúvidas, Jenson Button. O inglês da McLaren até pulou bem na largada, mas cometeu erros de avaliação na hora de escolher sua posição nas disputas da primeira volta. Acabou perdendo muitas posições. Ele chegou em quarto, mas nem de longe lembrou o piloto brilhante de Suzuka ou de Montreal. Apesar disso, é quem está em melhores condições para levar o vice-campeonato deste ano. Ele tem 10 pontos de vantagem sobre Fernando Alonso, terceiro colocado na classificação, e só precisa administrar esta frente nas últimas três provas.

Felipe Massa e Fernando Alonso travaram um bom duelo também pela quinta posição na corrida. Apesar de os dois não terem se encontrado muitas vezes na pista, o trabalho nos boxes da Ferrari decidiu a parada. O brasileiro acabou tendo problemas em sua primeira parada e perdeu um tempo precioso. Mas o espanhol também andou muito rápido na parte final da prova e quase chegou em Button para brigar pela quarta posição. De positivo, finalmente um sinal de reação de Massa, que fez sua melhor prova em algum tempo. O resultado não correspondeu, é verdade, mas vimos aquele piloto aguerrido de 2008. Agora é ter regularidade nisso.

Em Yeongam, Rubens Barrichello fez o que podia com o péssimo carro da Williams. Ainda arrancou uma 12º, enquanto seu companheiro Pastor Maldonado sofreu uma quebra de motor. Já na Renault-Lotus, um dia para esquecer. Bruno Senna largou mal e ficou apenas com a 13ª posição na prova. Ainda assim não foi pior que o russo Vitaly Petrov. Ele ligou o modo vaca brava e acertou a traseira do alemão Michael Schumacher no hairpin da Curva 3. Um acidente daqueles que a gente costuma ver na hora do rush nas grandes cidades brasileiras. Apesar disso, é fato que o brasileiro precisa melhorar, principalmente no começo das corridas.

Fonte:voandobaixo

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