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Monday, March 2, 2009

Filhinho preguiço,para a minha casa não volta!



O dia estava lindo. O sol brilhava tanto. Há alguns dias atrás Feira de Santana estava repleta de chuva e céu nublado. Mas hoje o dia amanheceu diferente. Acordei com os raios invadido o meu quarto e me chamado desesperadamente para que eu fosse de encontro a eles.



Confesso que estava meio preguiçosa. Quase não levanto. Mas o despertador também tocava loucamente. Era o sinal de um encontro que eu havia marcado hoje com minha amiga Jacimile e não poderia ficar por lá mais algumas horas como de costume.

Tomei banho tranquilamente, com a sensação de que o dia me convidava a ser feliz. O café, feito por minha mãe, já estava pronto na mesa. Sentei-me, a televisão ligada transmitia algumas bobagens. Tentei não prestar atenção porque sabia que algo ali ia me deixar estressada. Mas não me contive, não podia tapar os ouvidos, ou desliga-la. Então, a minha previsão se concretizou.



A matéria que estava passando era sobre

filhos que retornam ao lar. Até aí tudo bem, eu até estava gostando do assunto. Porém, passei a prestar atenção no caso do rapaz Gilberto Candeal,27 anos, que saiu de casa aos 18 para morar junto com a esposa, e voltou 4 anos depois para casa da mãe por algumas situações que explicarei adiante.



Na época ele não estudava, tinha abandona o 2°

grau e foi morar na casa da esposa com os pais dela. E por lá foi ficando na comodidade. A mãe dele morava no mesmo prédio e sempre perguntava: “filho o que você comeu hoje?”, ele respondia: “um miojo”. Até aí tudo bem, preocupação normal de mãe. Mas ela falava que ele não estava se alimentando na casa da namorada, que ela não fazia as tarefas de casa para ele.

Certo dia, a moça empacotou roupas sujas usadas

por ele e deixou no apartamento da mãe do rapaz para que ela as lavasse. A mãe ficou horrorizada. Afinal, em sua concepção a moça não estava dando os “devidos cuidados” ao seu “filhinho querido”.

Alguns desses fatos desencadearam o fim do casamento. Certa a garota, ia ficar sendo escravizada pelo rapaz que não quer nada com a vida. Esta aí. Tenho certeza que essa é uma das minhas, a garota parece ser uma feminista de primeira mão.



O filhinho volta para casa da mamãe. Algumas cenas da matéria o mostram sentado no sofá pedindo à mãe que lhe traga o seu sanduíche, pois parece que ele não tem pernas para se levantar, mãos para fazer a comida. Trata a mãe literalmente como se fosse sua escrava. E o pior de tudo, a matéria mostra a mãe sorrindo, as mil maravilhas, porque apesar de tudo, o filho querido está em casa, e ela tem que se sacrificar para fazer-lhe todas as vontades.



Em outra cena, o rapaz entra no quarto, tira o sapato, joga as me

ias para tudo quanto é lado. A cama está toda bagunçada. Até aí seria normal, cada um faz o que quer no seu quarto. Eu mesma sou uma bagunceira de plantão. Mas não fico fazendo minha mãe de escrava não, muito menos a moça que trabalha aqui. Sempre dou uma arrumada, ou deixo tudo bagunçado até a hora que me der vontade de arrumar. Mas minha mãe nunca entra no meu quarto para arrumar nada não. Aliás, nenhuma mãe deveria fazer isso. Porém a senhora, mãe do rapaz diz que reclama com ele, mas depois é ela quem faz todo o serviço.

As crianças ficam muito mal acostumadas com exagerados cuidados que só lhe prejudicam futuramente. Por exemplo, aqui em casa o meu irmão nunca pega num prato na cozinha para lavar. Por que? Porque não é coisa de homem, diz o meu pai. Eu é que tenho que cuidar da cozinha quando a moça não vem. Parece brincadeira, mas eu já cansei de pegar uma pilha de pratos para lavar e meu irmão ficar jogando vídeo game ou assistindo a televisão. Nem uma ajudinha para enxugar ele me ofereceu. Foi a partir dessas percepções que decidi não fazer mais nada. Ficar no bem bom igual a ele. Afinal, tenho os mesmos direitos, não vou ficar arrumando a casa enquanto ele fica brincando. Se viesse ajudar, tudo bem.



Vocês podem até achar que é implicância minha, mas não é não. Se a gente não revidar, em qualquer lugar vamos ser escravas do

lar. Então minha luta começa aqui dentro da casa dos meus pais e vai seguir adiante.

Mas voltando ao rapaz, no mínimo, esse garoto da matéria, deveria ser tipo o meu irmão, cômodo. Deveria tratar a namorada como lixo. Pensem um pouco. Se vocês morassem de favor, pelo menos ajudar nas tarefas de casa vocês se ofereceria, não? É questão de semancol mesmo!!

Entretanto, para nossa felicidade, existem feministas em toda a parte do mundo. E tenho certeza que esta moça não deixou de viver a sua vida para ficar limpando roupa de marmanjo ou fazendo comidinha para o preguiçoso que só quer saber de ficar assistindo tele

visão ou na internet.



Para quem quiser ver a matéria completa, basta clicar aqui!

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