English French German Spain Italian Dutch

Russian Brazil Japanese Korean Arabic Chinese Simplified
Translate Widget by Google

Tuesday, June 28, 2011

Vale do Capão : Vibração ao extremo - Parte II

Sempre quando viajo trago boas lembranças dos lugares, mas o contato com os amigos e pessoas ao redor deixam o local muito mais fantástico. Digo isso porque nesta viagem ao Vale do Capão não visitamos nem um terço dos lugares que ainda se tem para conhecer, a explicação para isto é valiosa, conversas até o dia raiar nos faziam dormir de madrugada, logo acordar não era uma das ações mais fáceis. 

 Comentários a parte, vamos ao que interessa: o segundo dia de viagem. Depois do café, que vocês já conhecem, fomos à trilha, desta vez bem mais cansativa que a primeira. Muitas pedras para pular, pequenos riachos, a água estava mais gelada que no primeiro dia, levamos cerca de 40 minutos para chegar a cachoeira da Angélica.

Alguns terrenos eram um pouco inclinados, eu que não sou nada equilibrada, tinha a todo momento que apoiar as mãos no chão para passar de uma pedra enorme para outra, mas consegui chegar inteirinha no local. Creio que de todos os passeios, esse foi o que menos agradou.


Para entrar na Cachoeira é preciso atravessar um laguinho, mas a água estava muito gelada mesmo, o que fiz? Tirei o tênis e coloquei os pés dentro do “gelo” para tentar ir acostumando com a temperatura, mas não teve jeito.  Fiquei apreciando a visão, o meu namorado, corajoso caiu na água, mergulhou e ainda explorou outros lugares que não tive como ir por causa da água, mas as fotos podem traduzir bem o clima da Cachoeira de Angélica.

O local é bastante visitado, nosso grupo não ficou sozinho um minuto enquanto estivemos por lá. A explicação também é porque o lugar é passagem para outra cachoeira chamada de Purificação, dizem que a água é a mais gelada de todas, quando você toma banho, até a alma vai embora de tão fria. Purifica tudooo.

No terceiro dia fomos para Riachinho, uma cachoeira de quase 10 metros, tem uma visão belíssima, acho que foi o passeio mais legal, e neste dia eu consegui cai na água gente! Viva pra mim!

A trilha para Riachinho tem um pouco de altura, alguns declives, mas nada que impeça alguém de chegar, também fácil acesso, mas muito movimentada.

Logo que você chega, parece que a natureza realiza um processo de hipnose, a cachoeira é linda, muita alta, uma cor amarelada que dá o toque final a pintura esplêndida que é Riachinho.

Fiquei um tempo paralisada, depois tomei coragem e disse a mim mesma “Hoje vou enfrentar o frio”. Caí na água de uma vez só,  tem umas piscininhas rasas que dá para relaxar bastante.

À noite fomos a uma pizzaria muito famosa no Vale do Capão que serve pizza com ingredientes naturais, a mais gostosa é a de cenoura. Não há como descrever aquele sabor, nunca tinha comido uma pizza tão saborosa. Ela possui a massa fininha, mas o recheio tem um gosto viciante, acho que comi umas seis fatias brincando.

Depois, na pracinha da cidade teve a apresentação da banda de reggae Mosiah de Salvador. Eles tocaram MPB e muitos covers de Bob Marley, o pessoal, claro foi a delírio. A comunidade é bem alternativa, você observa muitas pessoas de dreadlock, saias indianas. O consumismo é rejeitado na região, na pizzaria mesmo, não servia coca-cola. A garçonete respondeu “não trabalhamos com este sistema” quando perguntamos pelo refrigerante.

O Vale do Capão é bem inspirador no sentido de largar tudo e apreciar o que existe de mais bonito na vida, o convívio com as pessoas e o prazer que é estar em contato com a natureza.

No dia seguinte, viajamos de madrugada para Feira de Santana para fugir do engarrafamento, o domingo foi todo na estrada, mas valeu a pena... já estou com saudades!
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...