Origem/Ano: EUA, 2011
Duração: 157min
Gênero: Ação/Aventura
Diretor: Michael Bay
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Sinopse:
Os Autobots descobrem a presença de uma nave Cibertroniana escondida na Lua, e empreendem uma corrida contra os Decepticons para alcançá-la e descobrir seus segredos.
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Crítica:
"Blockbuster" é uma palavra capaz de definir este filme em sua integridade. Explosões em excesso (na verdade, é o que mais tem no filme: fogo, cogumelos, fumaça e faíscas para todos os lados o tempo inteiro). Temos os carros incríveis (esportivos em geral: Ferrari 458 Italia; Mercedes SLS AMG; o já manjado [na franquia] Chevrolet Camaro SS; e até mesmo o improvável Chevrolet Corvette Stingray Concept) e temos também a mulher muito sedutora (namorada, no filme, do coitado do Shia LaBeouf).
O filme é o terceiro da franquia Transformers e, para começar, acho esquisito que o vilão Megatron tenha sobrevivido até o filme 3. Assisti o primeiro e, se bem me lembro, o vilão era derrotado. Não cheguei a assistir o segundo filme, mas não duvido que a mesma coisa tenha acontecido no segundo filme. É estranha essa capacidade do personagem de se renovar e ressurgir das cinzas em cada um dos filmes. Um tanto quanto impossível, na verdade.
Acredito que os únicos personagens dignos de algum tipo de reconhecimento sejam Bumblebee e Sentinel Prime. O primeiro, por sua característica marcante de não falar (embora ele a tenha aperfeiçoado, já que no primeiro filme ele não falava de todo, mas se comunicava por trechos de músicas). O segundo, pela virada dramática em seu caráter, que eu não esperava de todo, mas apenas por isso. Fora isso, o personagem não tem nenhum mérito.
A Ferrari e o conceito Corvette são personagens tão superficiais que nem ao menos somos apresentados a eles, e seus nomes não são citados em nenhum ponto da história. Optimus Prime é ridiculamente americanizado, e a cena final, na qual ele diz que "protegeremos este povo com todas as nossas forças", ou coisa parecida, enquanto no fundo a bandeira dos EUA aparece é absurda. O patriotismo presente no filme incomoda e irrita de diversas maneiras, pelo menos a mim.
Os personagens de carne e osso também não são bons. Nenhum deles é bem construído e nenhuma das atuações merece grande destaque. Um ou outro fizeram um bom trabalho e cumpriram o que prometiam, mas a presença da namorada do protagonista, Carly, é irritante. Ela não serve para nada, apenas como um motivo para que o personagem principal vá atrás da ação e para gritar precisando ser salva a cada minuto em acrobacias e situações impossíveis.
Falando de situações impossíveis, é preciso citar a presença de pelo menos um marcante Deus Ex Machina, no qual, segundos antes de uma bomba explodir Sam (interpretado por LaBeouf) e um militar se soltam de uma corda e, a meio caminho da queda, são salvos miraculosamente por Bumblebee, que aparece no momento exato de segurar os dois e salvá-los da morte certa.
Apesar disso, o filme não é só defeitos. Os efeitos especiais são primorosos, as explosões, carros, transformações são muito bem executadas e louváveis. O trabalho é excelente nesse ponto, apesar de eu ter percebido algo um tanto quanto interessante: quando como Transformers, as carrocerias dos carros aparecem gastas, sujas e com diversos arranhões, por motivos óbvios (as batalhas em si), enquanto, quando como carros, as carrocerias estão perfeitamente intactas e tinindo de novas.
Por fim, basta dizer que "Transformers: O Lado Oculto da Lua" é um filme de imagem, que prima pelos efeitos especiais e ação exagerada em momentos estrondosos, mas que peca, e seriamente, em quesitos como atuação e enredo.
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Nota final: 2 de 5 estrelas