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Friday, August 12, 2011

Verdades sobre o Fiat Marea



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Você ainda não morreu?


Fiat Marea foi mais um dos fracassos da montadora italiana no segmento dos modelos médios. A primeira tentativa de sedan com este porte no Brasil, o Tempra todas, não chegou a ser líder de vendas, mas conquistou seu espaço. Seu sucessor chegou em 1996 na Europa e em 1998 já era vendido por aqui.


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Marea de baiano


O Marea tinha um estilo bem “Eu sou o Marea” – tanto que as formas venciam bastante sobre a função. O farol, lindérrimo para alguns, iluminava pouco. O painel tinha um vistoso rádio, fazendo a saída de ar ficar baixa (fazendo tomar ar frio ou quente nas mãos).


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Câmbio automático de verdade: jamais voltamos a vê-lo em qualquer outro Fiat


A traseira, se não era convencional, também não conquistava a maioria em ambas as carroçarias carrocerias, principalmente no sedan. A Weekend, com seu jeito de barca, agradava mais. Desgraça mesmo era a música de lançamento: “Nã-nã-nã, na na ná, nã-nã ná-ná”.






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Mico Marea Branco, na época era mais feio que a porra, hoje estaria na moda...


No começo, havia o motor 2.0 20v de 142 cavalos. O presente de Natal de 1998 foi o Marea SX, terrivelmente pelado (não tinha ar, vidros elétricos ou som, além de ter 15 cavalos abatidos; ao menos ficaram as calotas).


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Esse era foda... Hoje é uma desgraça!


Depois foi lançado o Marea dos Marea, o Turbo – com motor de 182 cavalos (bastante amansado em relação ao propulsor do Fiat Coupé). E em 2000 chegou a motorização 2.4 20v, de 160 cv, uma verdadeira usina perante outros nacionais da época. Todas estas novidades eram suficientes ao Marea assumir apenas a segundona entre os sedans médios mais vendidos (praticamente por W.O., já que os concorrentes eram bem menos pretenciosos), e bastante distante do Vectra que, como você sabe, era o fodalhão em vendas da época.


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Para a linha 2002 veio uma reestilização vexatória ou não, com lanternas roubadas do Lancia Lybra (que por sinal caíram melhor no Marea do que no próprio Lancia). Depois veio a opção de câmbio automático (a transmissão era a mesma do Vectra 1996, tão suave quanto uma pedra-pomes).


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Há, te peguei! Este é o Lybra, não o Marea!!!


Com o tempo, o Marea foi perdendo seu carisma de topo-de-lnha da Fiat. No Brasil, o Stilo ficava até mais caro que o Marea em algumas versões. E na Europa, sedan e perua saiam de linha para dar lugar ao Croma, um sedan-minivan-perua-diabo-a-quatro-sei-lá-mais-o-quê, de acordo com a definição da própria Fiat.


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O grande pecado do Marea foi a mecânica "avançada" demais, com manutenção cara e que exigia mão de obra especializada. Coisas que definitivamente não deram certo em terras brasilinas, onde o povo tá acostumado com motores boxer a ar, APzões e GM família I e II, que qualquer alfissina boca-de-porco mexe... Quem podia bancar uma manutenção sofisticada dessas queria distância do já manolizado Mamerda Marea. Assim, ele se tornou um dos maiores micos de mercado já vistos no Brasil.


Para tentar reverter esta situação e dar sobrevida ao modelo, já que não havia outro sedan médio no catálogo da Fiat, em 2005 o Mocréia Marea ganhava outra reestilização, mais leve que a de 2001, com a grade “tiozinho”. Também podia ser equipado com o sistema Connect, ironicamente inaugurado pelo Stilo um ano antes. Veio também o motor 1.6 16v de 106 cv, que era o oposto de todos os outros utilizados antes no Marea: fraco, econômico, confiável e de manutenção simples. Tanto é que alguns até chegaram a cair nas mãos dos taxistas!!


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A primeira vítima da linha Marea foi o Turbo, que saiu de linha para não perder (em “vida”) o título de nacional mais potente, superado por Civic Si e Golf 4,5 GTI. Depois, no meio de 2007, as versões com motor 2.4 davam o adeus. Por fim, com o sucesso do Punto no fim de 2007, a Fiat anunciou o fim da linha para o Marea (o modelo era rejeitado pelo mercado: a perua, no ano todo de 2007, vendeu 43 unidades, todas na mira dos “colecionadores”). Quase um ano depois veio o Linea, um carro inferior, e que faz jus à má fama da Fiat no segmento médio.


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Verdades
  • Na Itália, a Fiat lançou o Marea Bipower, espécie de flex, só que movido a gasolina e gás metano. Para a montadora, o metano seria facilmente encontrado nos postos, como hoje o etanol ou o GNV (ou não). Felizmente, isso não aconteceu.

  • O “novo” Marea (2001-2007) passou a ser equipado com um eficaz item antirroubo (aumentaram o logotipo). A queda chegou a 93%.

  • A manutenção do Marea é feita, em 85% dos casos, com fita isolante.

  • Todo dono de Marea SX tentou mexer no motor, mas passou longe de alcançar os 182 cavalos do Turbo. E quando conseguiram, haja combustível…

  • Os manolos correram pra comprar seus Marea usados quando o valor caiu pra menos de R$ 20.000, mas assim que a bomba come$$ou a estourar, rapidamente os carros viraram sucata.



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“Acho que um motor maior cairia bem no Marea”
  • Tem coisas que a gente só poderia ver no Brasil, como um racha entre um Marea Turbo e um Gol AP Turbo com 3,5 kg de pressão.

  • É muito difícil ver um dono de Marea vender seu carro, e quando isso acontece, só se for para o ferro-velho, quando alguém estiver precisando das peças.

  • Hoje encontra-se Marea - que ainda funciona - por menos de R$ 10.000.

  • Quando o motor 5 cilindros fundia, era decretado PT na hora, pois o orçamento de reparo superava em algumas vezes o valor de mercado do carro.



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Estado dos Marea atualmente – ou são táxis ou estão no ferro-velho – ou as duas coisas…
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