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Wednesday, April 22, 2009

Às vezes um “sim” é preciso

Há algum tempo atrás me via numa situação parecida a do personagem Carl do ator Jim Carrey, no filme Yes Man (ou Sim, Senhor em português).

Ele tem um emprego estável, mas não vive numa boa. Diz “não” para tudo. Os amigos o chamam para sair e ele diz sempre a mesma palavra. Gosta de viver em par, ele e os filmes que costuma locar. Mas socialmente é um desastre.

O filme é legal em partes, por causa da história de positividade. Eu andava meio pra baixo e o assistí-lo fez-me refletir sobre as minhas próprias atitudes. Por exemplo, quando eu sempre negava a sair. Estava ficando bastante solitária. E essas coisas não acontecem assim de uma hora para outra.

Eu sempre tive amigos, muitos amigos. Mas de acordo com a vida que vinha levando: dedicação especial à faculdade, família e namorado. Acabei esquecendo dos meus bons, velhos e novos amigos.

Eu acabei me acostumando a me locomover o mínimo possível, preguiça de sair, má disposição em ir até na esquina. Tudo acontecendo aos poucos, mas que juntado hoje, vejo quantas amizades legais perdi por conta da minha falta de entusiasmo e minha solidão prioritária.

E vejo o Carl, no filme, assim como eu. Só. No entanto, ao decorrer do longa, ele é apresentando por um amigo, a um tipo de espetáculo de auto-ajuda. Onde ele aprende a dizer “Sim” a tudo. Esse é o erro dele, não mede as perguntas, os convites, aceita tudo que vem pela frente.

Só que o filme peca aí, acredito eu. Tudo que acontece de errado, e olhe que nem é tão errado assim, traz o bem ao Carl. É como aquele ditado, que Deus escreve por linhas tortas. Acho que se eu fosse dizer “sim” a tudo, não sei se teria a mesma sorte que o Carl, mas sei que muitas atitudes mudariam a minha vida, e por isso resolvi fazer umas mudanças.

Ontem. Feriadão legal. Se fosse como de costume, ficaria em casa, sem fazer nada. Na frente de computar, e como sempre sozinha. Mas não, o dia não foi assim. Voltei da casa do meu namorado, disposta a sair. Minha amiga, Jaci, tinha programado um “baba de meninas” e nós fomos jogar futebol.

Acho que já tinha uns 10 anos que eu não jogava futebol, meu forte sempre foi vôlei. Mas ontem eu resolvi dizer “sim” e me diverti bastante. Tanto que estou toda dolorida hoje. Não agüento nem andar direito. Mas valeu a pena. Sorri bastante e foi um dia adorável. Descobri que tenho a pontaria mais torta da história do futebol.


Depois de jogarmos fomos tentar ver o pôr-do-sol, nas pedras, um local perdido no meio do mato, mas tem uma visão bem legal. O triste foi que não consegui ver o sol se por, pois ele não apareceu. O dia estava meio nublado. Mas sei que terei outras visões, afinal, o meu “sim” não vai ser resumir a um dia.
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