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Friday, April 3, 2009

Sinto falta dele...Sinto falta do bom e velho, Kurt Cobain.

Dia 5 de abril, fazem 15 anos que o maior ídolo que já tive morreu. Como eu conheci o Kurt Cobain? Ahh...ele já tinha morrido, eu era bem novinha...deveria ter os meus 11 anos, quando uma prima minha veio com uma fita (sim, era uma fita e bem velha), com músicas do Nirvana.





Lembro que era o som mais idiota que já tinha visto, primeiro porque era a gravação de um show onde Kurt estava extremamente drogado, e não conseguia nem cantar as músicas direito. Parecia que tinha um ovo entalado na boca. Segundo, porque eu estava acostumada a ouvir coisas de criança, tipo Xuxa, Angélica...e por aí vai, então imagine o impacto que não seria trocar besteirinhas por coisas legais, hein?.



E para piorar a minha visão negativa da banda, minha prima ainda informa-me que: “Esse cantor já morreu”. Bom, como eu era uma mini-católica, sem raciocínio algum e super infantil, apenas falei :”Deus é mais ouvir coisa de morto, tira isso, tira isso...!”.



Que desastre hein? Quem diria que esse seria o maior músico de todos os tempos para mim.

Calma gente, eu não continuei com aquele pensamento caótico por muito tempo. Em uma certa visita de férias a Salvador, passei a freqüentar os ensaios da banda SadMary. Esta por sinal, fazia o melhor cover do Nirvana que já vi até hoje, o vocal era muito parecido. As músicas começaram a soar como algo mais agradável do que daquele dia, o da fitinha velha...lembra?



Então, depois desses dias, comecei a gostar, pegar os materiais para ouvir e já estava virando uma Nirvanamaniaca de carteirinha. Comecei como todo mundo né gente...era Smells Likes Teens Spirit 24 horas por dia! Fico com pena só de lembrar das pessoas que moram comigo, tendo que me aturar ouvindo a mesma música o dia todo.



Mas esse foi o meu começo que se tornou mais solidificado ainda quando fui a um show promovido pelo guaraná Sprite, era o Festival Sprite Sounds, em 2001, também em Salvador. Neste evento, aquela banda, a SadMary concorreu a categoria melhor cover, e cantou Lithium.



Eu me senti literalmente num show do Nirvana, como todo mundo cantando, gritando. Eu estava com uma camisa roxa, e o nome rosa grafado “SadMary”. Lembro como se fosse ontem. E o pessoal da banda acabou levando o prêmio de melhor cover, uma guitarra verdinha, que futuramente veio a ser vendida, não para mim. Mas eu bem que tentei comprar.



Eu jamais vou esquecer desse contato. Nirvana foi o rock chegando até mim. Foi o meu desvio. É talvez a direção certa que me levou a ser o que sou hoje. Uma injeção de rock eterna.



Não lembro quantas vezes chorei olhando para ele e me identificando com sua vida de tormentos e sofrimentos, mas qual adolescente não passa por isso? Kurt parecia traduzir perfeitamente a sua vida em analogia a minha. Também desejei morrei aos 27...faltam 5 anos para chegar lá...quem sabe!



Esse texto foi para homenagear alguém que fez parte da minha vida e faz parte da de muitos jovens que estão ainda por descobrir, talvez não mais numa fitinha velha, mas que tenha o real significado do que veio a ser o Nirvana.



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